Você perdeu o bonde das criptos?

Nord Research 20/11/2021 13:00 8 min
Você perdeu o bonde das criptos?

Ainda é tempo de comprar cripto

Olá, meu nome é Luiz Pedro, e sou um dos especialistas de investimento da Nord Research. Eu cheguei para ser responsável por um tipo de ativo que até então a Nord não acompanhava de perto.

Por essa razão, hoje convivo com novos colegas que estão nos mais diversos níveis de contato com o mundo das criptos.

Tem aqueles que compraram um pouquinho lá atrás para ver no que ia dar… tem aqueles que acham que é bolha… tem aqueles que dizem: quando cair eu compro… tem aqueles que nem fazem ideia do que se trata… tem aqueles que adoram e podem ser considerados investidores de criptoativos… tem de tudo.  

Provavelmente você se encaixa em um desses perfis.

Como eu vivo o mundo de cripto 24 horas por dia, eu percebo que o sentimento mais comum das pessoas é que "perderam o bonde". Que deixaram o momento passar e que agora é tarde.

Será que é isso mesmo? Você também se sente assim?

Hoje quero quebrar essa ideia com argumentos, com uma história que muitos aqui vivenciaram e agora está se repetindo. E, desta vez, não vamos deixar as grandes oportunidades passarem.

Criptoativos, blockchain e a revolução pós-internet

Quando falamos da revolução que a blockchain traz e olhamos para o momento em que estamos, é inevitável a comparação com a última grande revolução tecnológica que tivemos: a internet.

As grandes mudanças de paradigma vêm cercadas de grandes dúvidas. Hoje, com a internet tão permeada nos nossos cotidianos, talvez seja difícil lembrar. Mas a curva de adoção da internet não foi suave como parece. É claro que, depois das suas constantes melhorias, tudo se tornou muito mais simples.

Hoje usamos a internet para tudo, e sem precisar de grande conhecimento sobre o seu funcionamento. Você mesmo, que está lendo esta newsletter agora, está conectado e (tenho quase certeza) não sabe como é todo o processamento de dados e quais as inúmeras tecnologias envolvidas no meio do caminho até a conexão à internet chegar ao seu dispositivo. Nem eu sei direito, hei de confessar.

Essa é a grande questão da implementação de uma nova tecnologia, nunca antes vista: a quebra de nichos e a usabilidade ampla. Eu realmente não quero saber como a internet funciona. Só quero usá-la.

O mesmo racional se aplica para os criptoativos. Da mesma forma que nos anos 90 a internet era extremamente nichada e dominada somente pelos “nerds”, por ser necessário um vasto conhecimento para acessá-la, os criptoativos também eram assim no começo, por volta de 2011 até 2013.

Posteriormente, a internet se tornou mais amplamente acessada. Porém, no começo dos anos 2000, era extremamente caro usá-la. Eu, no auge dos meus 25 (quase 26) anos, me lembro de “virar” madrugadas jogando no computador durante a minha infância. Isso porque eu era rebelde? Não, longe disso. Era porque de madrugada só pagava um pulso de telefone. Para quem é mais novo que eu e não entendeu muito bem: era extremamente caro usar a internet durante o dia e, da meia-noite às 6 da manhã, era bem mais barato.

Na mesma época, as aplicações que existiam na internet eram vistas como revolucionárias. Porém, aos olhos de hoje, eram extremamente básicas. Os jogos eram de baixa qualidade e 2D, os navegadores eram horríveis, baixar música era complexo e assistir a um vídeo demandava alguns minutos de paciência para o carregamento.

O mais engraçado: quem tinha uma internet de 256 kb/s era “ricaço” aos olhos dos amigos. Para quem não tem noção dessas medidas, hoje temos internet de 500 mb/s, ou seja, 2000 vezes mais rápida e a um preço acessível.

O ponto que defendo com tudo isso é que o desenvolvimento dos criptoativos como um mercado, no momento atual, é similar ao da internet nos anos 2000. Eu diria que, no máximo, estamos em 2004 nesse comparativo.

Fonte: Cane Island Digital Research

Hoje, as aplicações que temos em cripto são ou muito banais, ou muito caras. Os jogos são simples, as plataformas de empréstimo são pouco líquidas, a questão de segurança ainda tem muito a evoluir e as transações são, em grandes criptos, caras. Para negociar e armazenar criptoativos, é necessário algum conhecimento técnico e/ou operacional.

“É difícil?”. Olha, para mim, não. Eu já estou nesse mercado há 4 anos e posso garantir que ele evoluiu e já está bem mais fácil hoje. Se você achar complicado, conte comigo para te ajudar. É uma barreira que vale ser quebrada, pois estamos diante de uma classe de ativos que traz grandes oportunidades.

Da mesma forma que a internet e suas aplicações criaram uma grande quantidade de milionários, o mercado de criptoativos, a longo prazo, tem grande potencial para trazer grandes lucros para nós, que estamos aqui no que pode ser chamado de “o começo”.

E digo mais: a oportunidade aqui é maior e mais fácil de acessar.

Os criptoativos têm o histórico do que deu certo com a expansão da internet. Os ativos que seguirem a mesma linha e ampliarem o escopo de uso, trazendo mais vantagens para os dois lados (desenvolvedores e usuários), com transparência e descentralização, vão prosperar.

Além disso, é mais fácil investir em criptoativos do que era para ter algum capital em empresas que participaram e cresceram desde o começo da internet.

Ainda temos um bônus: a mudança geracional favorece os criptoativos. A internet proporcionou aos jovens a familiaridade com o ambiente digital. Para o meu irmão, por exemplo, que tem 14 anos, é muito mais fácil compreender a utilidade e o valor de uma espécie de dinheiro digital, como é o Bitcoin. Ele já vê isso diariamente nos jogos online. Agora, explicar o que é bitcoin para o meu pai, que tem 75 anos, é um desafio que demorei um bom tempo para cumprir. E depois que consegui ensinar ele, tive a certeza de que consigo ensinar qualquer um sobre essa classe de ativos.

Voltando ao cerne da questão: quanto mais o tempo passa, mais os criptoativos se desenvolvem, evoluem e tendem a se tornar mais úteis. E as próximas gerações serão cada vez mais adeptas desse tipo de tecnologia.

A adoção de cripto ainda é muito baixa. Para se ter ideia, o Brasil é o quinto país com mais investidores de cripto, e apenas cerca de 4% da população detém algum tipo de criptoativo. Esse número tem muito a crescer, tanto no Brasil quanto em todo o mundo.

Quantidade de investidores/percentual da população em vários países.
Fonte: TripleA/Binance

O grande marco será o dia em que todos utilizarem serviços de blockchain sem nem sequer saber que estão fazendo isso. Assim como é com a internet, algo tão cotidiano que nem sequer é notado.

Ainda estamos longe disso, e essa é a grande oportunidade para nós, investidores que estão antenados na emergência dessa classe de ativos e dessa revolução e têm o privilégio de estar na vanguarda.

É isso que eu pretendo ajudá-los a fazer: não deixar essa oportunidade escapar por entre os dedos e poupá-los de um grande arrependimento no futuro.

De olho no Bitcoin

O movimento de queda no Bitcoin assustou os investidores de criptoativos durante a semana. A queda foi provocada por alguns fatores combinados que, entretanto, não afetam os fundamentos da alta. Também não mudaram a estrutura da tendência de curto prazo, que é de alta.

A queda foi, primeiramente, um movimento de desalavancagem do mercado de futuros, que se encontrava altamente alavancado do lado dos compradores.

Fatos que justificaram o movimento de venda, que causou essa desalavancagem massiva, foram:

  • A aprovação de um projeto de lei nos EUA, que prevê a implementação de um orçamento de US$ 1,5 trilhão voltado para infraestrutura. Dentre as implementações desse projeto de lei, tem-se em pauta a taxação de brokers de cripto (corretoras, mineradores, nodes, qualquer um que receba cripto/compre de alguma forma);
  • O CFO do Twitter disse não ser um bom momento para comprar Bitcoin, e que esse era o motivo para a empresa não ter comprado o ativo para composição de caixa ainda.

O mercado ainda se mostra sensível a eventos macroeconômicos e opiniões de pessoas em posições relevantes, ou empresas, do mercado tradicional. Porém, se não altera os fundamentos, a queda dos preços promove uma boa oportunidade de entrada ou diminuição de preço médio, se o olho estiver no longo prazo.

Notícias da Semana no Mercado Cripto


Crypto.com compra naming rights do principal ginásio esportivo dos EUA

O antigo Staples Center, lar do Los Angeles Lakers e Clippers na NBA, e dos Kings na liga de Hóquei, agora se chamará Crypto.com Arena. A empresa nativa do mercado cripto, que funciona como corretora, custodiante e emissora de cartão de débito de criptoativos comprou o nome da arena, segundo fontes ligadas à imprensa, por 700 milhões de dólares. Não é o primeiro movimento dessa empresa no meio dos esportes. A Crypto.com é patrocinadora da Fórmula 1, do UFC e de diversas outras entidades esportivas.

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VanEck finalmente emplaca um ETF ligado ao Bitcoin

A VanEck, gestora de fundos e ETFs, foi uma das primeiras a ganhar destaque na tentativa de criar um fundo de índice ligado ao Bitcoin, em 2018. Após várias negativas da SEC, o assunto adormeceu e foi retomado em 2021. Nesta semana, dia 16, a VanEck conseguiu listar um  ETF que segue o preço dos mercados futuros de Bitcoin. O momento não foi o melhor, visto que o lançamento foi em um dia de alta volatilidade de queda no BTC. Mas no primeiro dia foram captados cerca de 9,5 milhões de dólares.

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