Taesa (TAEE11): Por que todos recomendam a venda da ação?

Mercados globais seguem em alerta com perspectiva de recessão e plano fiscal do Reino Unido

Nord Research 26/09/2022 13:38 5 min Atualizado em: 29/09/2022 11:01
Taesa (TAEE11): Por que todos recomendam a venda da ação?

Nord Insider

Nesta segunda-feira, 26, os índices futuros de Nova York operam em baixa ante o cenário de aversão a risco no exterior. A trajetória da inflação e dos juros segue sendo o principal assunto, principalmente nos Estados Unidos.

Na agenda econômica, os investidores estão atentos à divulgação do Relatório Focus e à sondagem do consumidor de setembro. Além disso, sai a balança comercial referente à semana terminada em 23 de setembro. Nos Estados Unidos, destaques para o índice de atividade industrial de setembro e para leilão primário de Treasuries de dois anos.

Principais assuntos de hoje

  • É hora de vender as ações da Taesa (TAEE11)?
  • XP (XPBR31) voltando ao passado.

Tem ações da Taesa (TAEE11)? Entenda por que (quase) todos recomendam a venda

Analistas de diferentes bancos e corretoras acreditam na desvalorização das ações da Taesa (TAEE11) no curto prazo.

Dados compilados pela Refinitiv mostram que de onze recomendações formais, três aconselham o investidor a ficar longe das ações da companhia de energia e oito recomendam a venda.

J.P. Morgan, Eleven, BTG Pactual, Credit Suisse são alguns dos nomes que acreditam na  depreciação do negócio.

As informações são da Exame, que teve acesso aos dados da Refinitiv.

Incertezas sobre o futuro


Na análise de Guilherme Tiglia, analista responsável pela carteira Nord Dividendos, diversos fatores contribuem para as incertezas sobre o futuro da companhia.

Ele aponta para uma visibilidade de queda de -50% da Receita Anual Permitida (RAP) da Taesa devido a questões contratuais que foram definidas no passado.

Outro ponto negativo é a maior indexação dos resultados da companhia ao IGP-M (que subiu muito em períodos de pandemia), logo, foi um resultado que subiu conforme o aumento do índice, mas que não deve ocorrer da mesma forma daqui em diante.

Adicionalmente, acreditamos que o custo da dívida também pode ser um ponto de preocupação entre os investidores.

Aumento no aluguel de ações


O aumento no aluguel de ações também sugere que mais investidores estão apostando na queda de Taesa.

Na bolsa, as posições vendidas superam R$ 1 bilhão, segundo dados da B3.

O volume das ações da Taesa em aluguel – operação conhecida como venda a descoberto – também está entre os 20 maiores do Ibovespa.

Embora a empresa negocie em linha com a média histórica olhando para P/E e EV/EBITDA (7,0x para P/E e 9,0X para EV/EBITDA), ou seja, as ações não estão caras, nosso analista comenta que outras empresas estão oferecendo melhor relação risco-retorno no momento.

Leilões de transmissão


Para piorar, os dois últimos leilões de transmissão de energia arrematados pela Taesa não foram tão animadores assim.

“Os leilões de transmissão são um grande driver de resultado para essas companhias. Os lotes de dezembro/2021 e julho/2022 não ofereceram perspectivas de crescimento robustas”, disse.

“A aversão à perda, somada à possibilidade de uma distribuição de dividendos menor, acaba influenciando na tomada de decisões dos investidores”, conclui o analista.

XP limita fundo DI taxa zero a R$ 100 mil; vale resgatar seu dinheiro?


Para quem não acompanha a indústria de fundos, a XP Investimentos decidiu fechar o fundo DI "Trend DI Simples" para novas aplicações.

O produto é muito utilizado para reserva de emergência por cobrar taxa zero e ter liquidez diária.

Fundos DI taxa zero


O analista de fundos da Nord Research, Luiz Felippo, comenta que a cobrança de taxa zero nessa indústria foi uma conquista importante e amplamente difundida nas mais diversas plataformas como uma forma de angariar recursos para as corretoras.

Ele explica que o jogo dessas plataformas de investimentos era uma troca: elas captam “leads”, um potencial consumidor ao preço da taxa de administração, e o cliente tem o fundo taxa zero – o que, depois, também fizeram com CDBs.

Parecia uma troca razoável.

Novo produto


Como alternativa ao Trend DI, a XP abriu um produto novo chamado “Trend DI FIC FIRF Simples”.

Nesse novo produto, apesar de cobrar taxa zero, seu regulamento admite uma cobrança máxima de até 0,10% ao ano.

De acordo com Felippo, a taxa máxima informa basicamente que o fundo pode ter um custo total maior, principalmente por investir em outros fundos.

Fonte: XP

Voltando ao passado

Em resumo, a XP pode cobrar a taxa, ainda que agora não esteja fazendo isso. Fica à discricionariedade da plataforma.

Na visão do nosso analista, a XP está aparentemente voltando aos moldes antigos. “Eu lamento o retrocesso e acredito que o movimento traz uma desconfiança ao investidor, que agora fica em dúvida entre se cobra ou não taxas”, pontuou.

Ele também acrescenta que limitar o patrimônio investido a R$ 100 mil é péssimo.

“Para nós, faz todo o sentido não pagar taxas por produtos dessa categoria, uma vez que eles possuem uma gestão 100% passiva e sem grandes elucubrações para ser realizada”, disse.

Nossa recomendação


A nosso ver, o mais indicado é buscar outras opções na indústria que ainda seguem os mesmos moldes que gostamos.

De acordo com o nosso analista, temos opções disponíveis na Órama Investimentos (“Órama DI FIRF Simples”) e no Banco BTG (“BTG Pactual Digital Tesouro Selic Simples”).

Já para os cotistas do Trend DI Simples, o fundo manteve a taxa zero, porém não recebe mais aportes.


Meme do dia

Tópicos Relacionados

Compartilhar