Small Cap promissora para 2022 e impacto das chuvas no setor elétrico

Nesta terça-feira, 11, as bolsas mundiais abrem em alta após sessão de perdas

Nord Research 11/01/2022 14:07 8 min
Small Cap promissora para 2022 e impacto das chuvas no setor elétrico

Nord Insider


Olá,

Nesta terça-feira, 11, as bolsas mundiais operam em alta recuperando perdas do último pregão, diante da aversão ao risco em meio à expectativa de maior aperto monetário nos Estados Unidos.

Na agenda econômica, o destaque é a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro e do acumulado de 12 meses. No exterior, os mercados seguem à espera do depoimento de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), no Senado às 12 horas.

Focus: mercado volta a reduzir projeção de alta do PIB e eleva Selic em 2022


Os analistas do mercado financeiro voltaram a reduzir a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) para 2022. No relatório desta semana, a estimativa de crescimento é de +0,28 por cento. Na semana passada, a estimativa era de alta de +0,36 por cento.

Já para 2023, a previsão do PIB caiu para +1,70 por cento ante +1,80 por cento na semana anterior.

Inflação

Em 2022, as projeções para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é a inflação oficial do Brasil, foram mantidas em +5,03 por cento — acima do centro da meta em +3,5 por cento. Felizmente, para 2023, a previsão de inflação diminuiu, de +3,41 por cento para +3,36 por cento, mas ainda segue acima da meta de +3,25 por cento. Para 2024, a mediana continuou na meta de +3,00 por cento.

Selic

O mercado elevou sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 2022. O relatório prevê os juros em +11,75 por cento este ano, ante previsão de +11,50 por cento na semana anterior.

O analista de renda fixa Christopher Galvão entende que o colegiado pode ter elevado a Selic por conta das discussões da semana passada em relação à deterioração do quadro fiscal do país.

Além disso, outros dois fatos importantes que podem ter influenciado esse aumento são: (i) a ata mais dura do Fed, que pressionou as treasuries nos EUA, e (ii) a recente alta nos preços das commodities, em particular o aumento do barril de petróleo no mercado internacional.

Para o dia de hoje, será importante acompanhar a divulgação do IPCA de dezembro, além da inflação acumulada em 2021, que pode nos dar um cheiro sobre a dinâmica de preços na economia.

Mineradoras suspendem operações em MG devido a chuvas


A CSN (CSNA3), Vale (VALE3) e Usiminas (USIM5) suspenderam temporariamente suas operações em meio a fortes chuvas na região Sudeste nos últimos dias.

Com as chuvas intensas, a CSN interrompeu as atividades de extração e movimentação na mina de minério de ferro Casa de Pedra, em Congonhas (MG) e, segundo comunicado, a expectativa é de retorno “nos próximos dias”.

A Vale, por sua vez, paralisou parcialmente a produção dos Sistemas Sudeste e Sul, visando garantir a segurança dos trabalhadores e das comunidades. De acordo com a mineradora, o plano de produção para 2022 não foi alterado.

Já a Mineração Usiminas (Musa), controlada da companhia siderúrgica, comunicou que suas operações na região de Itatiaiuçu (MG) estão com a produção suspensa. Em nota, a companhia disse que, por ora, “a paralisação da Musa não deverá afetar o fornecimento de matéria-prima para a Usiminas e que serão utilizados estoques da própria Musa para garantir o fornecimento”.

Se por um lado as fortes chuvas em Minas Gerais obrigaram as mineradoras a paralisarem sua produção por segurança, por outro, podem beneficiar elétricas.

Temporada de chuvas pode melhorar cenário para geradoras de energia


As chuvas intensas que atingem grande parte do país desde outubro podem trazer fôlego para uma recuperação das ações do setor elétrico, bastante afetadas em razão da crise hídrica em 2021.

No nosso entendimento, há uma tendência de que a situação melhore por conta do grande volume de chuvas no país, apesar de ainda não parecer refletido nos preços (conforme o gráfico).

Nesse sentido, o analista de ações Guilherme Tiglia é cauteloso na dose de otimismo e diz que o cenário para 2022 é de grande incerteza, tanto global quanto doméstica, o que pode ter impacto em diversas ações. Contudo, o segmento de energia acaba sendo visto como resiliente em períodos de crise.

Fonte: Bloomberg

Para o nosso analista, por mais que tenhamos expectativas de melhores resultados com a temporada de chuvas, a bolsa é movida por expectativas. No curto e médio prazo, as expectativas não são animadoras pensando em cenário macroeconômico, o que pode travar o desempenho de algumas ações, mesmo com a melhoria na perspectiva de resultados.

É importante lembrar ainda que resultados melhores e o preço das ações não acompanhando significa que temos oportunidades.

Avaliamos que as geradoras com maior exposição à fonte hídrica que eventualmente podem se beneficiar com a melhora nos níveis dos reservatórios do país são, por exemplo, AES Brasil ON e Engie ON.

Para quando será o alívio na conta de energia?

Com as chuvas – que não param –, vemos que o governo tem espaço para acelerar o fim da cobrança da bandeira vermelha. A expectativa é de que a tarifa possa deixar de ser cobrada entre fevereiro e abril, mas é claro que tudo isso depende das condições climáticas futuras.

Por último, com a piora no cenário doméstico, o nosso analista reforça que o setor elétrico tende a ser bastante defensivo e vemos essa característica como positiva, considerando que estamos entrando em ano eleitoral que pode trazer muita polarização.

Relevante agora

Não invista em Small Caps que não crescem, principalmente em 2022


Com as altas de juros já programadas em economias desenvolvidas, principalmente nos Estados Unidos, a aversão a risco nos mercados globais deve afetar negativamente o doméstico, fazendo com que os preços tenham tendência de queda. Para piorar, em 2022, temos disputa política no Brasil, azedando ainda mais o clima – que já não andava muito bom no mercado acionário.

Nós sabemos que você está atento à queda dos últimos meses, mas precisávamos contextualizar parte do cenário macroeconômico para dizer que esse fenômeno, contudo, será mais intenso com as small caps, empresas de menor capitalização listadas na Bolsa.

No meio desse trajeto nebuloso, surgirão grandes oportunidades de compra, e naturalmente as blue chips (ações ligadas a grandes empresas, com atuação consolidada em seus setores e maior valor de mercado) devem prevalecer no gosto do mercado por conta da alta liquidez e por terem uma percepção de risco menor.

De olho nas oportunidades de empresas fora do radar dos grandes bancos e das corretoras, por apresentarem menor liquidez e, consequentemente, um volume menor de negócios por dia, cabe a nós alertá-lo para tomar as melhores decisões sobre suas estratégias financeiras e seus investimentos.

Potencial de valorização

O André Zonaro, nosso especialista em small caps, acompanha as melhores empresas com boa perspectiva de crescimento e que devem continuar apresentando resultados sólidos. Ele diz que a principal vantagem em apostar nas small caps é o potencial de valorização comparado a grandes empresas da Bolsa.

Quem não gostaria de ter investido na Apple quando a empresa teve seu início na garagem dos pais de Jobs? Recentemente, a empresa atingiu impressionantes 3 trilhões de dólares em valor de mercado.

Sem dúvidas, ter participado de todo esse crescimento de resultados ao longo do tempo teria feito você um dos maiores investidores do mundo, como Buffett e Munger.

Adicionalmente, qual empresa você considera mais fácil de dobrar seu faturamento no médio prazo: uma blue chip (por exemplo, Vale e Petrobras) ou uma small cap?

Com certeza você respondeu que uma empresa menor tem o potencial maior de dobrar (ou melhorar) seus resultados mais rápido do que uma grande empresa.

Relação de risco-retorno

Frente ao Nord Small Caps, o nosso analista gerencia um portfólio equilibrado em busca da melhor relação risco-retorno. Mas nem tudo são flores. Entendemos que empresas de menor capitalização têm basicamente dois grandes riscos: (i) o risco de execução, visto que, por serem empresas menores, estão mais sujeitas a sofrerem com a pandemia ou qualquer outra crise econômica e, consequentemente, são mais frágeis; e (ii) o risco de liquidez, uma vez que, por serem empresas pequenas, tendem a apresentar um volume menor de negociação.

Por isso, não vale a pena investir em uma small cap que não apresenta crescimento. Um exemplo disso, no momento, é a empresa Marisa (AMAR3). Na nossa visão, as ações da varejista e de outras desse setor como um todo não estão atrativas para os investidores.

Qual small cap investir hoje?

Entre as melhores small caps para 2022, o nosso analista recomenda compra para as ações da Panvel (PNVL3), rede de farmácias do Grupo Dimed, sendo hoje a 5ª maior do Brasil e a maior na região Sul do país.

A rede conta com quase 500 lojas distribuídas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Para abastecer toda a logística de entrega, a Panvel possui dois centros de distribuição (RS e SP) e 5 mini CD/Dark store (3 no RS, 1 no PR e 1 em SP).

Com longo histórico de execução, a Panvel vem entregando um crescimento anual médio de receitas de 9,85 por cento a.a. pelos últimos 20 anos e 8,92 por cento a.a. pelos últimos 10 anos. O crescimento da receita vem aliado à alta rentabilidade, pois no mesmo período a Companhia apresentou um ROE de 15 por cento, patamar bastante elevado se comparado a outras empresas da Bolsa.

Atualmente, a empresa negocia a 6,6x EBITDA dos últimos 12 meses e conta com um plano de expansão audacioso, atingir 6 bilhões de reais em faturamento até 2025, o que representaria um crescimento médio de 15 por cento ao ano e praticamente dobraria sua receita estimada para 2021, em torno de 3,5 bilhões de reais. Tudo isso dito, nossa recomendação é de compra para PNVL3.

Quer saber mais sobre esse ativo e como diversificar sua carteira em small caps? Saiba mais aqui.

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