Aéreas voam baixo, incorporação da Oi Móvel e guerra do streaming
As bolsas mundiais operam sem direção definida nesta quarta-feira, 5
Nord Insider
Olá,
Nesta quarta-feira, 5, as bolsas mundiais abriram o dia sem direção definida, com os índices futuros dos Estados Unidos entre leves ganhos e perdas e com a Europa em leve alta.
Na agenda econômica, destaque para a divulgação dos índices dos gerentes de compras, os PMIs, de serviços no Brasil, na Zona do Euro e nos Estados Unidos, referentes a dezembro. No exterior, o Federal Reserve ainda divulga a ata da última reunião do FOMC às 16h, horário de Brasília.
Será mesmo que as ações de aéreas voam baixo por causa da ômicron?
As ações das principais companhias aéreas e de turismo têm perdido valor de mercado por conta dos avanços da ômicron em todo o mundo.
Para piorar, o clima adverso e a falta de tripulantes nos Estados Unidos provocaram o cancelamento de mais de 1.400 voos em meio ao aumento de casos de coronavírus no país. Na segunda-feira, 3, foram registradas mais de 1 milhão de infecções de Covid-19 em 24 horas.
Apesar do recorde mundial de casos, o sistema de saúde americano ainda não foi sobrecarregado, o que trouxe alívio para os investidores.
Aqui, no Brasil, as companhias aéreas Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) adotaram diversas medidas para preservar o caixa e fortalecer a liquidez em resposta ao declínio significativo das viagens causado pelo surto da Covid-19.
Contudo, se observarmos o patrimônio líquido das companhias aéreas do Brasil nos últimos cinco anos, veremos que o desempenho financeiro não estava bom antes mesmo da pandemia.
Na opinião do analista de ações e sócio-fundador da Nord Research, Bruce Barbosa, o patrimônio líquido das companhias aéreas locais estava negativo antes da pandemia por conta de crises domésticas que afetaram essas empresas — e o prejuízo “come” o patrimônio líquido.
Então, antes dos desafios impostos pela Covid-19, as aéreas já estavam em situação frágil. Atualmente, estão mais frágeis ainda. Quer dizer, não são um bom negócio no longo prazo.
Em relação a comprar ações da Azul e da Gol, Bruce considera que para ganhar dinheiro o investidor precisa acertar o market timing — o que é difícil. Com isso, o investidor vai errar e perder dinheiro. Para ele, faz mais sentido comprar boas empresas a longo prazo como PetroRio (PRIO3).
Por que ações com maior dividend yield nem sempre são as melhores?
Você já deve ter se deparado com matérias como “veja as ações que devem ter maior dividend yield este ano” ou algo nesse sentido.
O conteúdo é atrativo, rende bastante tráfego para o site, mas não entrega tudo o que o investidor precisa saber e analisar antes de escolher um ativo para carregar no longo prazo.
Nosso analista de ações Guilherme Tiglia explica que a empresa com maior dividend yield não necessariamente é a melhor. Isso porque, segundo o Guilherme, o yield pode não ser sustentável, pode ser por conta de um fator não recorrente ou, ainda, pode ser decorrente de um ciclo positivo que não se repetirá.
Às vezes, faz sentido também abrir mão de um yield maior no curto prazo para investir em uma empresa que cresce os resultados (e, consequentemente os dividendos) a uma taxa interessante, pois isso pode fazer com que, no longo prazo, você receba dividendos maiores do que perseguir yields grandes no curto prazo.
No Nord Dividendos, você acessa as melhores oportunidades para conquistar uma renda mensal a partir dos seus investimentos. Saiba como montar sua estratégia de dividendos.
Oi convoca acionistas para assembleia geral no dia 27 de janeiro
Os acionistas da Oi (OIBR3 e OIBR4) foram convocados para uma assembleia geral no próximo dia 27. O objetivo é analisar a proposta de incorporação da Oi Móvel.
O analista de ações Fabiano Vaz diz que a incorporação da Oi Móvel pela Oi está prevista no Plano de Recuperação Judicial e deve gerar economia de alguns custos para a empresa. Para ele, o foco continua sendo a venda da Oi Móvel, que deve ser concluída pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no primeiro trimestre de 2022.
Em nota, a empresa de telecomunicações disse que a estruturação societária está sujeita à anuência prévia da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Guerra do streaming faz grupos de mídia gastarem 115 bi de dólares em filmes e programas de TV
Os oito maiores grupos de mídia dos Estados Unidos — entre eles, Walt Disney, Comcast, WarnerMedia e Amazon — pretendem gastar pelo menos 115 bilhões de dólares em novos conteúdos de streaming em 2022.
O “Financial Times” calculou que a Disney deve aumentar em até +40 por cento seus investimentos em conteúdo em relação a 2021. Os gastos devem atingir 23 bilhões de dólares este ano; se forem considerados os direitos esportivos, aumentam para 33 bilhões de dólares.
A Netflix, por sua vez, deve investir 17 bilhões de dólares em novos conteúdos este ano, o equivalente a uma alta de +25 por cento em relação ao ano passado e +57 por cento em relação a 2020.
Na nossa visão, também é esperado que a gigante vermelha do streaming atinja seu ponto de equilíbrio no fluxo de caixa, ou seja, comece a apresentar um Free Cash Flow (FCF) positivo a partir deste ano. Por que isso é importante?
Atualmente, a Netflix “queima caixa”, ou seja, opera com dinheiro de financiamento externo e praticamente não sobra nada ao final. Segundo a empresa, a partir deste ano, eles vão conseguir “se financiar” com seu próprio caixa gerado.
O nosso analista internacional, Cesar Crivelli, destacou que com a desaceleração no número de assinantes em todos os serviços de streaming era de se esperar um aumento de novas produções.
Em 2021, por exemplo, os conteúdos exclusivos tiveram uma importância acentuada quando o assunto é número de assinantes. Segundo o Cesar, em relação a Netflix, séries como “Round 6” e filmes como “Alerta Vermelho” e “Não Olhem Para Cima” foram assuntos centrais quando discutimos sobre o crescimento da empresa.
Por isso, gastos com conteúdo exclusivo são, na verdade, um investimento na base de assinantes. Assim, recomendamos compra para as ações da Netflix (NASDAQ:NFLX) (SA:NFLX34).
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Relevante agora
Bolsa terá menos feriados em 2022
O meme do Pablo Escobar entediado vai aparecer menos em 2022. É que agora, sem contar os fins de semana, os investidores terão apenas nove dias inteiros de descanso neste ano.
O que muda no calendário da B3?
A partir deste ano, haverá pregão de negociação e liquidação durante os feriados municipais e do estado de São Paulo. Mesmo no aniversário da cidade (25 de janeiro), na celebração da Revolução Constitucionalista (9 de julho) e no Dia da Consciência Negra (20 de novembro), a Bolsa de Valores brasileira funcionará normalmente.
A nova regra segue práticas adotadas pelas principais bolsas de valores mundiais, que interrompem o funcionamento apenas em feriados nacionais.
