Nord Research revela os 40 piores fundos de previdência privada do Brasil

Exterior opera misto no último dia de negociações de janeiro

Nord Research 31/01/2022 12:41 5 min
Nord Research revela os 40 piores fundos de previdência privada do Brasil

Nord Insider

Olá, investidor.

Nesta segunda-feira, 31, os mercados mundiais operam mistos, pressionados por preocupações sobre a decisão de juros do Federal Reserve, problemas ligados à cadeia de suprimentos (China) e à crise entre Rússia e Ucrânia.

Na agenda econômica, sai a divulgação do boletim Focus com as expectativas do mercado sobre indicadores como inflação, juros e PIB.

No domingo, 30, falamos aqui na news sobre o melhor Fundo de Ações para antecipar a sua aposentadoria (acesse nossa recomendação).

Talvez tenha passado despercebido porque você já contratou um plano de previdência privada ou tenha se questionado se existem outros produtos imbatíveis como o fundo da Brasil Capital.

Pensando em esclarecer mais alguns pontos, nesta segunda-feira, 31, resolvemos trazer de volta o analista de fundos da Nord Research, Luiz Felippo, para você saber quais fundos de investimentos NÃO merecem o seu dinheiro.

Para não cair em armadilhas, listamos os 40 piores fundos de previdência privada do Brasil, que rendem bem abaixo do CDI e podem estar fazendo você perder dinheiro.

Descubra se a sua previdência está nesta lista!

A indústria de fundos de previdência sempre foi majoritariamente alocada em produtos de renda fixa. Entre os 1 trilhão de reais investidos nessa indústria, cerca de 80 por cento estão alocados em produtos de renda fixa.

Esse comportamento tem como causa dois pontos importantes, com o primeiro sendo a estrutura de juros do nosso país. Historicamente, nós sempre fomos um país que exportou commodities para o resto do mundo e sempre teve juros reais extremamente altos (em média, 6 por cento a.a).

A renda fixa muito atrativa e o baixíssimo risco já proporcionavam ao investidor uma bela poupança de longo prazo, afinal, o juro real médio era em torno de 6 por cento ao ano (o que é uma aberração a nível global). Isso inibia que o investidor tivesse que procurar alternativas de maiores retornos e mais risco (como ações, multimercados, fundos alternativos etc.).

Além disso, por critérios regulatórios, os fundos tinham uma série de restrições que inibiam os gestores de lançarem as suas estratégias em formato de previdência.

A título de exemplo dessas bizarrices, fundos de ações só podiam estar até 49 por cento comprados e fundos multimercado só podiam ter 10 por cento do dinheiro no exterior. Isso também não ajudava a trazer bons gestores para a mesa, o que auxiliava a concentrar o dinheiro novamente na renda fixa.

Isso tornou a indústria lotada e dominada essencialmente pelos bancos, cujos produtos eram caros e muito ruins. Para demonstrar isso, agrupamos os cinquenta maiores fundos da indústria em tamanho, representando um total de 532 bilhões de reais (67 por cento do total).

Dos 50 maiores Fundos de Previdência, 40 sequer
bateram o CDI

Tabela com os 50 maiores fundos de previdência.

Nosso analista diz que no levantamento ficou bastante claro como existem fundos ruins com bilhões de reais investidos. A exemplo, temos o Itau Flexprev Plus RF Fc, com mais de duas décadas de existência, e que entregou um retorno de +63,59 por cento do CDI. Cá entre nós, isso é um absurdo!

Investir mal custa caro demais

Não há como negar que, entre os 50 maiores fundos de previdência do Brasil, 40 deles não batem o CDI. Não que os outros 10 fundos sejam uma maravilha no quesito rentabilidade, mas consideramos que entregar o CDI deveria ser o mínimo aceitável.

Para quem não é tão familiarizado assim com o conceito de CDI, é importante fazer uma breve explicação: o CDI é a taxa livre de risco no Brasil. É considerado o retorno mínimo para quem não quer correr risco.

Para você ter uma ideia, o investidor comum consegue algo muito próximo do CDI apenas investindo em Tesouro Selic. Ficou claro, agora, como um fundo de previdência entregar metade de CDI ao longo de anos é trágico?

Para sermos mais justos, o nosso analista comparou o comportamento dos 50 maiores fundos. Para isso, ele criou um índice que calculou a performance considerando todos os produtos agrupados. Confira:

Gráfico: renda total dos 50 maiores (janelas de 3 anos) – nov/2010 = 100.
Fonte: Economatica

Na verdade, a figura acima é um retrato do que é investir em um fundo bancário no Brasil (risos).

Em 11 anos de resultados, a média das previdências teve um retorno de +128 por cento, enquanto o CDI foi de +149 por cento e a inflação foi de +92 por cento.

Isso quer dizer duas coisas: (i) boa parte do retorno você somente repõe a inflação; (ii) se você tivesse investido em Tesouro Selic na última década, você teria obtido um retorno superior à grande parte dos fundos de previdência bancários do país.

Contudo, o mais impressionante ainda não é isso. Descobrimos que todos os investidores (sim, TODOS) que seguraram o dinheiro nos últimos 10 anos nesses fundos de investimento tiveram um retorno abaixo do CDI.

Gráficos: à esquerda – retorno total dos 50 maiores/janelas 3 anos - nov/2010 = 100; à direita – retorno (em % CDI) dos 50 maiores/janelas 3 anos - nov/2010 = 100.
Fonte: Economatica

O que fazer a partir de agora?

Como você pode ler neste texto, ser conservador em produtos errados pode sair muito caro. Quando se trata do seu futuro financeiro, você precisa estar atento a esses detalhes porque eles fazem toda a diferença.

Investir em instrumentos caros te gerará um grande custo de oportunidade ao longo dos anos, logo, você estará cada vez mais distante de seu objetivo de uma aposentadoria tranquila.

Conte com o auxílio dos especialistas da série Nord Fundos. Por lá, o Luiz Felippo consegue ajudá-lo a investir nos melhores fundos (previdência, ações, renda fixa, multimercado etc.) e entregar o que ele considera ser a carteira mais rentável para você. Os primeiros 30 dias são sem compromisso.


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