Não mexa no meu queijo

Cesar Crivelli 30/07/2021 14:40 5 min
Não mexa no meu queijo

Governo chinês dá as caras

Durante esta semana, pudemos ver uma grave intervenção do governo chinês no setor de educação privada. Os reguladores chineses publicaram uma norma obrigando os serviços de tutoria (que ensinam disciplinas escolares aos alunos durante os anos obrigatórios) a serem administrados como operações sem fins lucrativos e proibiram as aulas aos finais de semana e feriados.

O mercado, como esperado, não gostou nem um pouco do autoritarismo chinês, e as ações das empresas de educação despencaram…

A Scholar Education Group, empresa listada em Hong Kong e que fornece serviços de tutoria e preparação para testes na China, chegou a perder 61 por cento do seu valor de mercado.

Gráfico apresenta queda de -61 por cento no valor de mercado da Scholar Education Group.
Fonte: Bloomberg

Futuro incerto provoca medo

Não é a primeira vez que o governo chinês gera ruído no mercado. No ano passado, a relação entre o governo chinês e o setor de tecnologia foi fortemente abalada, e o cerco parece aumentar cada vez mais.

Diferentemente do que vem ocorrendo nos processos antitruste na Europa e nos Estados Unidos, a China tem usado o pretexto de monopólio para fortalecer o poder do Partido Comunista, com empresas privadas perdendo sua pouca independência e se tornando cada vez mais “parte” do Estado.

Atualmente, se somarmos todas as empresas de tecnologia com a intenção de abrir capital nos EUA, temos a quantia de 2 trilhões de dólares, e os nomes envolvem Bytedance – dona do TikTok, a plataforma de mídia social e comércio eletrônico, Xiaohongshu, o app de hábitos fitness, Keep, e a empresa de dados médicos LinkDoc Technology.

Junto com o setor de educação, os setores imobiliários e de tecnologia também foram alvos do mercado. O MSCI China Tech 100, que captura representação de grande e média capitalização de empresas de tecnologia no país, chegou a acumular  perda de 20 por cento só na última semana. Algumas ações, literalmente, viraram pó.

Gráfico apresenta perda de 20 por cento na última semana do MSCI China Tech 100.
Fonte: Bloomberg

Aprendendo com o passado

Ainda estão frescas na mente dos brasileiros as frequentes intervenções do governo Dilma no mercado. A verdade é que ainda hoje sofremos consequências do que foi feito na Petrobras e em empresas do setor elétrico.

Na ocasião, a petroleira foi obrigada a manter o preço da gasolina quase congelado como forma de segurar a inflação, enquanto seu endividamento pesava cada dia mais, uma vez que era, em sua maior parte, em moeda estrangeira.

Ainda em 2015, Mauro Rodrigues da Cunha – então conselheiro da estatal eleito pelos minoritários – foi para a CPI instaurada e apontou que, até aquele momento, a contenção de preços havia gerado perda de 100 bilhões de reais para a estatal.

Ao mesmo tempo, a então presidente decidiu também, numa medida um tanto quanto populista, mexer nos preços da energia elétrica no país. Através da edição de uma Medida Provisória, com o objetivo de agradar o consumidor final (tanto pessoa física quanto as indústrias),  o governo impôs uma redução na tarifa de energia “na marra”, em um momento em que os custos do setor  estavam em alta.

Para que o rombo ainda fosse diminuído, o governo pegou dinheiro emprestado com Caixa, BNDES e Banco do Brasil. Obviamente, tudo isso foi em vão, e o brasileiro viu sua tarifa de energia subir até 70 por cento em 2015.

Diversificação é a chave

No Nord Global, possuímos uma pequena parcela  da carteira alocada na China, pois não ignoramos o fato de ser a segunda maior economia do mundo. Ainda com as quedas desta semana, nossa posição nos tem dado uma ótima rentabilidade. A situação pede cautela; de qualquer modo, estamos felizes com o resultado do nosso trabalho e mais satisfeitos ainda por oferecer aos nossos assinantes esse tipo de oportunidade.

Por enquanto é complicado medir o quanto disso tudo é apenas um grande ruído e o quanto realmente impactará realmente os resultados das empresas. É justamente por isso que acreditamos ser tão necessária uma parcela dos investimentos fora do país, em um lugar seguro, como nos Estados Unidos.

Se você pensa que investir no exterior é difícil, está enganado. A conta em uma corretora nos Estados Unidos pode ser aberta em alguns minutos, e você nem precisa saber falar inglês! O envio de recursos também pode ser bem rápido e prático – ensinamos como fazer isso lá no material de suporte do Nord Global (um problema a menos). Além disso, o mercado de ações nos Estados Unidos permite que você invista, por exemplo, apenas 1 dólar nas ações da Apple! Fantástico, né?

Gostaríamos que todos os brasileiros tivessem acesso ao mercado de ações nos Estados Unidos. Operacionalmente, isso já é possível. Nosso trabalho é dar suporte para quem quer começar e prover um serviço de qualidade todos os dias, analisando as melhores empresas para você investir. Isso vem dando muito certo desde que criamos a série.

Reflita se você ainda quer ter todo o seu suado dinheiro preso aqui no Brasil. Apesar do governo atual ser diferente, talvez as políticas populistas não sejam tão diferentes assim…

Ao assinar a série Nord Global, você tem acesso ao mercado de ações nos Estados Unidos, algo que passou a ser indispensável para qualquer investidor brasileiro.

Afinal, os acontecimentos recentes não deixam dúvidas quanto à importância de diversificar os investimentos em outro país.

Vamos fechar hoje o período promocional de aniversário da série. Então, pelo botão abaixo, está a última chance de assinar o Nord Global pelo valor de 2020.

ÚLTIMA CHANCE DE APROVEITAR O VALOR PROMOCIONAL

Até a próxima semana!

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