Não cometa meus erros

Conheça o fruto de todo o aprendizado da minha jornada no mercado financeiro

Marilia Fontes 24/03/2022 13:32 6 min Atualizado em: 24/03/2022 19:45
Não cometa meus erros

Eu comecei a investir no início de 2007, ainda na faculdade. Um amigo meu de sala já investia há bastante tempo e ele me parecia um gênio dos investimentos. Qualquer ação que ele comprava, subia.

Ficava me perguntando: “onde eu estava com a cabeça esse tempo todo que ainda não tinha começado a investir?''. Pois bem, abri logo uma conta na corretora e fiz o meu primeiro investimento: ações da Telebrás (TELB4), no mercado fracionado, pagando 4 centavos.

Na época, me pareceu bem barato. Para onde poderia ir o preço dessa ação, que não para cima? Afinal, negativo não poderia ficar.

Não preciso nem dizer que a ação caiu para 2 centavos, né? Eu perdi metade de tudo o que tinha investido. A empresa era ruim, com resultados ruins e que ficavam cada vez piores. A única coisa que segurava o preço para não ser zero era uma esperança de privatização.

Mas eu não desisti. Afinal, eu não desisto nunca.

Tratei de investir em um fundo que replicava o Ibovespa. O racional foi: se eu não sabia escolher a ação específica, seria melhor pegar a cesta toda por meio do índice.

Começou muito bem! O Brasil ganhou o Grau de investimento e a Bolsa foi para as máximas históricas. Me achei muito inteligente e decidi dobrar a minha posição — minha ambição havia crescido.

Em maio do mesmo ano, estourou a “crise do subprime”, como ficou conhecida, e o Ibovespa caiu 59 por cento ao longo dos próximos meses. Foi uma das quedas mais agressivas que nosso mercado já teve.

Os noticiários estavam cobertos de reportagens sobre como os EUA nunca se recuperaria dessa crise e o mundo não seria igual ao que era antigamente, e eu achei melhor zerar minhas posições.    

Adivinha o que aconteceu? As ações voltaram a subir tudo o que tinham caído, praticamente no mesmo ano. Eu era oficialmente a pior investidora do mercado!

Também, pudera… minhas opiniões sobre o mercado eram tão rasas quanto uma piscina de carpas. E, é claro, eu tinha um baita de um azar. “Essa coisa de mercado não é para mim” — eu pensava.

Mas minha sorte começou a mudar neste mesmo ano, assim como minha visão sobre os investimentos.

Em julho de 2008, entrei no Itaú Asset nos fundos multimercado premiados sequencialmente como os melhores da indústria. Eu sentei ao lado de monstros do mercado e observei “com lupa” o que eles faziam para ganhar dinheiro.

Obviamente, o que eles faziam era completamente diferente do que eu achava que tinha que ser feito. As ações que eles compravam não eram as mais baratas. Os investimentos de renda fixa que eles faziam não eram os que tinham maiores taxas. Eles não compravam títulos IPCA quando a inflação subia nem mantinham um percentual estável de Bolsa e renda fixa ao longo do tempo.

Eles eram a antítese de como eu, como pessoa física, investia. E eles eram os melhores do mercado.

Ao longo dos meus oito anos como gestora, aprendi coisas que eu nunca imaginei que existissem e que mudaram completamente a forma que eu enxergava a minha carteira. Entendi exatamente quais foram os meus erros durante todos esses anos.

Por exemplo, gestores gastam 90 por cento do tempo discutindo cenário econômico, e não o preço dos ativos.

O fato é que é muito difícil saber como as coisas funcionam sem passar por uma imersão dessas. Eu levaria algumas décadas para chegar ao ponto que estou hoje se não tivessem me pagado na mão.

Aprender com quem sabe é, sem dúvidas, um grande atalho que todos deveriam experimentar.

Acho que a indústria é, de certa forma, feita para que você não seja estimulado a aprender.

O auxiliar financeiro que cuida do seu dinheiro não tem interesse que você aprenda a investir. “Como ele venderia os produtos que interessam a ele se você soubesse o que está fazendo?” Ele diz que você não precisa se preocupar, que a vida é muito corrida, e te enfia em uma grande fria. Quanto mais gelado para você, mais quente para ele.

Se os incentivos não forem alinhados, dificilmente o resultado é positivo. Por isso, quem nos paga aqui na Nord são vocês. Vocês são os nossos chefes.

Nós pensamos o contrário da indústria sobre educação financeira. “Como você vai reconhecer que o nosso trabalho é de qualidade e diferenciado se você não entende sobre investimentos?”.

Como você vai saber o “custo” de investir mal durante anos se você não sabe o quanto está pagando em cada produto?

Educação financeira é tão importante para a Nord quanto os relatórios que vendemos. Nossa ideia não é que você seja nosso assinante para sempre. É que aqui seja uma passagem para você aprender. Na verdade, é que aqui seja uma passagem para você se transformar de investidor inconsciente para investidor consciente.

As recomendações têm que vir junto a um plantão de dúvidas constante, um Telegram para contato pessoal, um curso educativo. Se não, não há transformação.

Quantas pessoas me contaram no Telegram que já perderam -25 por cento com o IPCA+ de longo prazo que elas colocaram em 2021?

O efeito de marcação a mercado era algo que nunca havia sido explicado para o pequeno investidor até 2016, quando eu escrevi meu livro “Renda Fixa NÃO é Fixa”.  

E o que me deixa com mais aflição nessa história toda é que eu ando muito preocupada com o cenário econômico atual. Quem me segue por aqui já sabe que eu ando de olho nesses dados de inflação mundial.

Muitos estímulos foram feitos em cima de economias já muito aquecidas, como a americana. A pandemia e a guerra na Ucrânia aumentaram o sentimento de desglobalização que já vinha ganhando espaço com a guerra comercial entre China e EUA. O movimento ESG vem tornando a energia disponível no mundo cada vez mais cara em nome da questão climática.

Preços para cima significam necessidade de juros mais altos. Juros mais altos significam redução da ampla liquidez global que o mercado experimentou nos últimos 40 anos.

Eu acho que estamos diante de um mercado diferente do que vivenciamos até agora. Eu sinto que seguir a mesma estratégia de investimento é como dobrar a aposta na Bolsa em maio de 2008 porque a cotação do Ibovespa estava nas máximas.

Eu acredito fortemente que estamos no final de uma janela de oportunidades de você virar a chave de conhecimento nos seus investimentos, pois o cenário está mudando.

A Paulinha, do Aula com Paula, usou seus últimos dias para criar um programa diferente de transformação do pequeno investidor. São 7 passos para mudar seu patamar de conhecimento.

São 7 passos sem interesses por trás, sem viés de conteúdo, sem meias palavras, sem esconder nenhuma informação.

São 7 passos para você conseguir conversar de igual para igual com seu auxiliar financeiro, o que, na minha visão, tem que ser a meta de todos aqui!

Eu recomendo fortemente este programa. Não só porque a Paulinha é uma fera e super didática, mas principalmente porque é preciso fazer uma transformação – e precisa ser agora!

Nas próximas horas, vamos enviar para a sua caixa de entrada um convite exclusivo para que você possa acessar o curso. Não cometa os meus erros!

Um abraço,

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