Dólar em 2022: o que esperar daqui para frente?

O pré-mercado de Nova York opera em queda na volta do feriado prolongado

Nord Research 18/04/2022 13:20 10 min
Dólar em 2022: o que esperar daqui para frente?

Nord Insider

Olá, investidor.

Na volta do feriado prolongado, o pré-mercado de Nova York opera em queda à espera da divulgação de balanços trimestrais relevantes nos Estados Unidos. Esta semana será mais curta por conta do Feriado de Tiradentes no Brasil.

Na agenda econômica, a FGV informará o Índice Geral de Preços-10, IGP-10, de abril e o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal, IPC-S, referente ao período entre os dias 9 e 16 de abril. Nos Estados Unidos, destaque para a divulgação dos lucros líquidos do Bank of America e do Bank of New York Mellon referentes ao primeiro trimestre de 2022.

Principais assuntos de hoje:

  • OIBR3: Atualização de venda da V.tal;
  • BIDI11 retoma proposta de reorganização societária;
  • Dólar em 2022: vai continuar caindo?;
  • Entenda o que é “shortear” uma ação.

Conselheiro prorroga reunião da Anatel sobre venda da operação de fibra ótica da Oi

A reunião do conselho diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), realizada na quinta-feira, 14 de abril de 2022, para deliberar sobre a anuência prévia à venda do braço de fibra ótica da Oi (OIBR3), batizado de V.tal, foi adiada para o dia 5 de maio de 2022, conforme apurou o Estadão/Broadcast. Porém, ainda não foi confirmado se o processo da Oi entrará novamente na pauta.

A definição foi adiada após o pedido de vistas do conselheiro Emmanoel Campelo, que alegou falta de tempo suficiente para analisar o processo, tendo em vista que a convocação do encontro aconteceu só um dia antes.

O analista Fabiano Vaz, da carteira Nord Deep Value, responsável por acompanhar o ativo, destacou como ponto positivo a ocorrência de três votos favoráveis, o que seria suficiente para a aprovação do negócio. Ao todo, cinco membros exercem poder de voto.

Entenda: a venda da V.tal para o fundo de investimento do BTG Pactual (BPAC11) em conjunto com a Globenet Cabos Submarinos foi acertada no começo do segundo semestre do ano passado, por 12,9 bilhões de reais.

A relevância:  a venda do controle da subsidiária de fibra ótica é considerada o “Super Trunfo” da Oi para desafogar parte das dívidas e sair da recuperação judicial.


Inter retoma planos de reorganização societária para listagem na Nasdaq

O Inter (BIDI11) decidiu retomar a proposta de listar suas ações na Nasdaq, em Nova York. Para isso, o banco digital enviou ao regulador do mercado financeiro americano, a SEC, um aditivo à declaração de registro com novos termos e condições para a potencial retomada da reorganização.

Em dezembro do ano passado, o Inter informou que havia desistido da operação. Existiam, basicamente, duas opções aos acionistas no processo: receber os BDRs ou optar pelo recebimento do cash-out (valor em dinheiro). Como teve um alto volume de pedidos pela segunda opção, o valor a ser pago ultrapassou o limite que havia sido preestabelecido pela companhia (2 bilhões de reais) – limite este que era condição para a continuidade da reorganização.

Contudo, no início de fevereiro, o CEO do Inter, João Vitor Menin, voltou a ventilar essa possibilidade e disse que a operação estava sendo redesenhada com a B3.

Entenda como poderá ficar a estrutura societária final do Inter

O fato relevante, enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite de sexta-feira, 15, detalha novas informações e condições para a listagem de suas ações na Nasdaq.

O analista Rafael Ragazi, responsável pela carteira Nord 10X, explica que a partir da efetivação da reorganização, o Inter que conhecemos passará a ser uma subsidiária integral da Inter & Co, negociada na Nasdaq. Com exceção daqueles que optarem pelo dinheiro de saque (Cash-Out), os acionistas do Inter na B3 vão manter o mesmo direito econômico que possuem atualmente.

Os acionistas que não exercerem o seu direito de receber em dinheiro o valor proposto por ação para a modalidade Cash-Out vão se tornar sócios da Inter & Co por meio da detenção dos BDRs, que serão lastreados nas ações Classe A (ações americanas que conferem direito a 1 voto por unidade).

Para cada 2 ações unit do Inter, o acionista receberá 1 BDR da Inter & Co e para cada 6 ações ordinárias (ON) ou preferenciais (PN), o acionista também receberá uma unidade BDR. Após a AGE da reorganização, o acionista do Inter terá 6 dias para informar qual das duas opções vai escolher e, caso não se pronuncie, será automaticamente entendido que optou pelo recebimento de BDRs.

É importante ressaltar que, nesta nova proposta de reorganização, o valor estabelecido a ser pago aos acionistas que optarem pelo cash-out é inferior (1,13 bilhão de reais) e, diferentemente da primeira tentativa, caso exista um volume que supere esse montante, haverá um rateio do valor entre os acionistas e o saldo restante será pago em forma de BDRs. Ou seja, o valor deixa de ser um impeditivo para a continuidade do processo.

Nosso analista ressalta que a conclusão da reorganização societária ainda depende de algumas condições, entre elas:

(i) aprovação do processo pelos Acionistas do Inter na nova Assembleia Geral Extraordinária Reorganização;

(ii) declaração de efetividade pela SEC;  

(iii) comprovação do financiamento do valor total a ser pago aos acionistas que optarem pelo resgate em dinheiro (Cash-Out); e

(iv) homologação dos atos societários da nova AGE Reorganização pelo Banco Central.

Ao longo desta semana, traremos mais detalhes sobre a nova proposta de reorganização com vistas à migração da base acionária para a Inter & Co e o real impacto para os acionistas do Inter.

O que mais é importante?


Dólar em 2022: o que esperar da moeda americana daqui para frente

Gráfico apresenta variação do dólar em 2022.
Fonte: Valor Pro. Imagem: G1/Reprodução

Na semana encurtada pelo feriado de Páscoa, o dólar encerrou valendo 4,6968 reais, com queda acumulada de -1,31 por cento na parcial do mês. No ano, tem queda de -15,75 por cento frente ao real.

O recuo se dá pelas condições favoráveis no Brasil: juros mais altos no nosso país tornam a moeda local mais interessante para investidores estrangeiros.

Mas o que esperar do câmbio neste ano? O dólar vai continuar em queda?

Para Cesar Crivelli, especialista internacional responsável pela carteira Nord Global, o movimento de queda não seguirá indefinidamente. Considerando os dados que temos disponíveis, essa melhora (fica bom quando precisamos de menos Reais para comprar a mesma quantidade de Dólares) não está muito atrelada a melhoras reais e estruturais do nosso governo e economia, mas sim a questões pontuais, ou seja, o movimento deve ser passageiro e acreditamos que logo mais poderemos visitar novamente o patamar de 6 Reais para cada Dólar.

Juros reais em alta

Um dos fatores que mais ajudaram a queda da moeda norte-americana foi a entrada de recursos financeiros por parte de investidores estrangeiros que buscam taxas de juros atrativas, como é o caso do Brasil atualmente.

O Brasil foi um dos poucos países a iniciar o movimento de subida dos juros com antecedência e pujança, visto que a inflação aqui já estava bem alta. Do início de 2021 até agora, a taxa Selic subiu de +2 por cento para +12,75 por cento ao ano (patamar projetado pelo Banco Central para a próxima reunião).  

Com juros tão altos, deixar o dinheiro rendendo no Brasil fica atrativo, então os estrangeiros vendem seus dólares para os brasileiros. Como estamos falando de bilhões de dólares, a cotação fica pressionada para baixo, o que gera um movimento momentâneo de melhora sob a ótica local.

Mas como falamos, esse movimento é temporário, pois nada mudou para melhor nos últimos meses do ponto de vista econômico e político para justificar esse movimento.

Investimento estrangeiro

Outro ponto que ajudou bastante a entrada de dólares no país, segundo o nosso especialista internacional, foi a atratividade da bolsa de valores brasileira na comparação com as internacionais.

Com o Ibovespa em queda há meses e os mercados no exterior subindo, algumas empresas locais ficaram baratas, mesmo quando incorporamos parte dos riscos políticos e econômicos do país. O investidor estrangeiro já comprou mais de 66,9 bilhões em ações no Brasil, do início do ano até o dia 12 de abril, segundo os dados mais recentes disponíveis. Aqui vale o mesmo raciocínio anterior, a venda de dólar por parte dos gringos pressiona momentaneamente o câmbio para baixo, mas trata-se de um fato pontual.

O dólar vai continuar em queda? É hora de comprar dólar?

Para as tendências deste ano, não acreditamos que essa melhora em nossa moeda seja duradoura, pois nada foi feito nos últimos meses para que a economia brasileira melhorasse estruturalmente, por isso acreditamos que você deve aproveitar este patamar de 4,60 reais/dólar para enviar dinheiro para fora do país e iniciar ou aumentar seus investimentos internacionais.

Seja como ativo de reserva global, porto seguro ou simplesmente um bom investimento, a recomendação do nosso especialista é para que você adquira a moeda estrangeira e inicie seus investimentos internacionais agora.

Facilidade e segurança

Já existem algumas corretoras localizadas nos Estados Unidos que possuem aplicativo para celular e suporte técnico em português, o que facilita a abertura da conta. Você pode procurar os serviços da Avenue, Nomad e Banco Inter para iniciar seus investimentos lá fora.

Além disso, normalmente, o processo é feito totalmente on-line e a conta é aberta na hora ou no máximo em poucos dias. Aquela história de que apenas os grandes bancos dão acesso ao mercado externo já não existe mais.

O envio de recursos também é extremamente simples em alguns casos. O câmbio pode ser feito dentro do site da corretora, e os dólares estão disponíveis para a compra de ações em poucos dias.

Tudo é feito com apenas alguns cliques, de maneira segura e totalmente lícita, com as operações devidamente registradas no Banco Central.

Em caso de dúvida, não hesite em entrar em contato conosco para diversificar seus investimentos no exterior. Estamos do seu lado.


Relevante agora

O que lucro com iPhones pode te ensinar sobre venda a descoberto?


Short é uma operação conhecida no mercado financeiro como venda a descoberto. Mas você sabe como funciona essa estratégia?

A analista Giulia Nicola, da carteira O Investidor de Valor, mostrará isso para você de maneira bem descomplicada. Aprenda a seguir.

Imagine que você tomou emprestado o novo iPhone 13 com a condição de devolvê-lo ao proprietário apenas daqui a um ano.

Durante esse período, ao invés de manter a posse do aparelho, você decide imediatamente vendê-lo por 7 mil reais sabendo que, com o próximo lançamento da Apple, o mesmo aparelho terá desvalorizado na hora da revenda, e você poderá recomprá-lo mais barato, pagando 4 mil reais. Assim, o seu lucro será de 3 mil reais e você ainda terá cumprido com o acordo.

No mercado financeiro, a operação Short segue essa mesma lógica. O investidor aposta na queda da cotação de um determinado ativo, vendendo hoje e recomprando no futuro. Dessa forma, se o preço cair, ele lucra com a operação, porém se houver uma valorização da ação, o investidor perde dinheiro.

Gostou desta explicação? Continue nos acompanhando para conhecer outras estratégias dentro do mercado financeiro.

Siga também o perfil profissional da nossa analista no Instagram (@giuliainveste), que está cheio de conteúdos como este.


Meme do dia

Uma curiosidade foi descoberta! A pessoa que viralizou no meme sobre a oferta bilionária de Elon Musk para comprar todo o Twitter não é um ex-funcionário ou um nerd da internet.

Trata-se de uma mulher de esquerda liberal reagindo ao grande anúncio de Trump como presidente dos Estados Unidos. A cena foi transmitida por um programa local de televisão, e agora o “meme” foi revivido pelos usuários da rede sobre a oferta de 43 bilhões de dólares pela compra do Twitter.

Gostou desta edição? Clique na nossa enquete abaixo ou responda a este e-mail com o seu feedback!

Tópicos Relacionados

Compartilhar