Descubra se vale a pena comprar BIDI11 agora

Rafael Ragazi 16/11/2021 18:42 14 min
Descubra se vale a pena comprar BIDI11 agora

No dia 22/10/2020, eu recomendei a compra das ações do Inter (BIDI11) para os assinantes da série da Nord que busca as melhores oportunidades de investimentos dentre ações com o maior potencial crescimento, o NORD 10X.

BIDI11. Fonte: Bloomberg.

Quem seguiu a recomendação observou seu investimento se valorizar mais de 300% em um período de apenas 9 meses. Exatos 307,11%, para ser mais preciso.

Essa alta veio acompanhada de uma melhora nas perspectivas futuras da empresa à medida que ela foi realizando aquisições, lançando novos produtos (não apenas no mundo dos serviços financeiros) e entregando um crescimento cada vez maior. Em outras palavras, a alta foi acompanhada de uma melhora nos fundamentos da empresa.

Contudo, após atingir a máxima no fim de julho, as ações do Inter caíram quase 60% em um período de pouco mais de 3 meses. No entanto, ao contrário do movimento de alta das ações, essa forte queda não está acompanhada de uma piora nos fundamentos da empresa, na verdade os fundamentos continuam melhorando.

E foi isso que me motivou a escrever este relatório, acredito que BIDI11 está dando uma excelente oportunidade de entrada novamente, meus assinantes já sabem disso e já se posicionaram para se beneficiar da oportunidade.

Se você quer entender tudo o que está acontecendo com a empresa e saber por que eu acredito que estamos diante de uma oportunidade única, a seguir eu lhe apresento a minha tese de investimento no Inter.

Por que as ações subiram tanto?

No momento em que a ação foi recomendada, as informações mais recentes  disponíveis eram as do 2T20, quando o Inter possuía “apenas” 6 milhões de clientes e abria 19 mil contas por dia útil.

Digo “apenas” porque, nesse curto intervalo de tempo, o Inter conseguiu mais do que dobrar sua base e alcançar a marca de 14 milhões de clientes. Hoje a empresa está abrindo cerca de 33 mil contas por dia útil, de acordo com os dados do 3T21, que acabaram de ser divulgados.

Número de contas digitais. Fonte: Inter

O crescimento que o Inter vem entregando desde 2015, quando lançou a primeira conta digital do Brasil, é impressionante. As poucas dezenas de milhares de clientes que o Inter tinha há alguns anos devem se tornar algo ao redor de 16 milhões ao final deste ano, e o ritmo de crescimento é maior a cada mês.

Custo de Aquisição de Clientes (CAC). Fonte: Inter.

Mais impressionante ainda é o fato de que o Inter vem entregando todo esse crescimento mantendo o custo de aquisição de cada cliente (CAC) praticamente estável.

Os R$ 30,74 que o Inter gasta para adquirir cada cliente atualmente é um dos CACs mais baixos do mundo, são apenas R$ 16,77 gastos com marketing para atrair cada cliente (o resto é relativo aos custos operacionais para colocar o cliente em casa, o que é conhecido como onboarding).

Além de crescer cada vez mais sem gastar mais por cliente adquirido, ainda existe um outro fator que deixa bem claro que o crescimento é sustentável e saudável, as receitas da empresa também estão crescendo forte e são cada vez mais diversificadas.

Receita líquida. Fonte: Inter.

Entre o 3T20 e o 3T21, a base de clientes cresceu +94%, enquanto as receitas do Inter cresceram +133%. Com destaque para o fato de que a receita com serviços é a que mais cresce (+157%) e já representa 48% das receitas totais.

Receita de serviços. Fonte: Inter.

Isso significa que o resultado do Inter é cada vez menos dependente da vertical de crédito, que é menos rentável e demanda mais capital. Receitas com cartões, seguros e principalmente em seu marketplace são cada vez mais relevantes dentre as fontes de receita da empresa.

Inclusive, o marketplace do Inter é um sucesso absoluto. O Inter Shop entrou em operação no fim de 2019 e já mais do que provou o seu potencial. Nos últimos 12 meses, o valor transacionado no Inter Shop supera a marca de R$ 3 bilhões e a receita com a vertical é a segunda mais representativa dentre as receitas de serviço da empresa nos últimos 12 meses.

Consumer Finance. Fonte: Inter.

Boa parte do sucesso da iniciativa pode ser atribuída à proposta de valor que conecta serviços financeiros e de varejo no Inter. Cashback ou crédito estendido, financiamento do consumo via cartão de crédito e financiamento dos varejistas via antecipação de recebíveis de cartão de crédito, está tudo conectado e o Inter é a plataforma pela qual tudo se torna possível.

No ano passado, a empresa abandonou a denominação “banco” de seu nome, deixando de ser Banco Inter para se tornar apenas Inter. É lógico que a empresa não vai deixar de atuar como uma instituição financeira daqui em diante, o crédito continuará sendo uma peça importante do ecossistema, mas a mudança de posicionamento deu início a uma nova era.

Uma era em que o objetivo é facilitar a vida do cliente por meio de uma plataforma digital de soluções completa, apoiada em uma infraestrutura tecnológica altamente escalável.

Faz todo o sentido a empresa migrar cada vez mais para o varejo, uma vez que a transformação que vem ocorrendo nesse setor está totalmente ligada à transformação do sistema de pagamentos e serviços financeiros.

Quanto maior o tamanho da base de clientes, a frequência e a recorrência de uso da plataforma, mais a empresa consegue analisar os dados com inteligência e melhorar a qualidade de seus serviços.

Oferecendo uma experiência do usuário melhor, o Inter aumenta a fidelização e o engajamento, assim como destrava oportunidades de vender mais produtos e serviços, monetizando cada vez mais sua base.

O círculo virtuoso se completa pelo fato de que o Inter ainda consegue oferecer tudo que é necessário em relação a soluções de pagamento e crédito para os clientes e sellers (vendedores do marketplace).

A parceria com a Stone, anunciada em maio, veio para catapultar ainda mais o crescimento do Inter Shop e das avenidas conectadas com ele (banking e crédito).

Movimentos como a abertura do app para não correntistas e a internacionalização da empresa, que estão ocorrendo no momento, elevam ainda mais o potencial de crescimento da empresa.

É por conta de tudo isso que as ações do Inter apresentaram uma valorização tão forte em um curto espaço de tempo, a empresa vem dando sinalizações cada vez mais concretas sobre todo o seu potencial de crescimento.

Por que as ações caíram tanto?

Mas você deve estar se perguntando: se a empresa vem entregando essa considerável melhora em seus fundamentos, como é possível suas ações caírem quase 60% em apenas 3 meses?

Essa dúvida é genuína e, para encontrarmos a resposta, precisamos olhar para o que está acontecendo fora da empresa. A pandemia pegou todos de surpresa no ano passado e, como resposta, os governos ao redor do mundo reduziram juros e injetaram muito dinheiro em suas economias.

É natural que agora que as coisas estão começando a voltar ao normal (espero eu) haja um efeito inflacionário nas economias, tendo em vista que a redução nas ofertas de produtos e serviços por parte das empresas não se restabelece na mesma velocidade que a demanda.

Contudo, o momento é de incerteza sobre a intensidade e a duração desse efeito inflacionário, e os Bancos Centrais ao redor do mundo estão subindo os juros novamente e sinalizando preocupação com tal efeito, o que tem gerado um mau humor no mercado.

Em momentos de juros em alta, as empresas que têm a maior parte do seu valor nos lucros futuros tendem a sofrer mais, uma vez que a taxa de juros utilizada para trazer os lucros projetados ao valor presente sobe junto com as expectativas de juros básicos maiores nas economias.

Nesse recente mau humor do mercado, por exemplo, o Nasdaq Composite, índice das empresas de tecnologia listadas nos EUA, caiu -7,28% entre a máxima e a mínima, enquanto o S&P 500 (o “IBOV americano”) caiu -5,21%, baixa diferença.

Aqui, no Brasil, enquanto o IBOV caiu -20,92% entre máxima e mínima recente, o Índice de Ações de Tech Brasil caiu -33,39% e BIDI11 caiu -58,17%.

No fim de setembro, a queda nas ações do Inter ainda foi impulsionada por um rumor de que a empresa faria um provisionamento extraordinário em seu saldo de devedores duvidosos (PDD).

O rumor foi negado pela empresa no mesmo dia, mas ainda assim suas ações caíram -11,82% apenas naquele pregão. Já nas prévias operacionais do 3T21, que foram adiantadas para o dia 04/out, o Inter ressaltou que sua PDD se manteve em um patamar constante em relação aos trimestres anteriores.

Quando juntamos tudo isso ao fato de que (i) o brasileiro não está acostumado a ter empresas de tecnologia com potencial de crescimento exponencial na nossa bolsa, e a volatilidade das ações do Inter é muito alta; (ii) em momentos de forte queda no mercado, boa parte dos investidores comete o equívoco de reduzir sua posição em renda variável (no pior momento possível) e (iii) o aumento da volatilidade no mercado também pode obrigar os fundos a reduzirem sua exposição à renda variável, conseguimos entender por que o Inter perdeu metade do seu valor em bolsa.

A oportunidade hoje

Alguns podem se assustar com uma ação caindo quase 60% em um curto período, mas quem investe com o foco no longo prazo e olha com racionalidade para a situação entende que a dobradinha de fundamentos melhorando + ações em queda representa uma oportunidade.

Conforme explicado há pouco, a empresa vem apresentando não apenas um forte crescimento em sua base de clientes, mas também uma evolução consistente em todas linhas de receitas nos últimos trimestres.

Para começar a entregar lucros crescentes, o Inter depende de dois fatores: (i) aumentar a receita média que cada cliente gera (ARPU), o que vai ocorrer por meio da venda de uma quantidade cada vez maior de produtos e serviços e da estabilização do crescimento e de (ii) reduzir o custo de servir (CTS) por cliente por meio da diluição dos custos e despesas com o ganho de escala.

À medida que a base de clientes cresce, as receitas de serviços ganham mais representatividade em relação às receitas totais, e é exatamente esse o objetivo da empresa.

Para gerar receitas com serviços, o banco precisa alocar uma quantia de capital muito menor do que aquela alocada na concessão de crédito. Esse é o caminho para o banco entregar um retorno sobre seu patrimônio (ROE) maior no futuro.

O Inter, hoje, tem uma capitalização de mercado de R$ 36,6 bilhões, isso significa que, para negociar em linha com índice Preço/Lucro histórico médio da bolsa, que é de ~15x, a empresa precisa ser capaz de entregar um lucro anual de R$ 2,4 bilhões em algum momento no futuro.

Isso pode parecer muito perto dos R$ 77,7 milhões que a empresa entregou de lucro nos últimos 12 meses. Todavia, na realidade, esse lucro é alcançável em um horizonte de tempo relativamente curto e com premissas bastante conservadoras.

Se o Inter for capaz de apenas manter o ritmo atual de crescimento da base de clientes (+33 mil contas por dia útil), o que significa crescer menos percentualmente a cada ano, a empresa chega em 2026 com 57,6 milhões de clientes.

Como referência, o Nubank já tem 48,1 milhões de clientes e abre em média 2 milhões de novas contas por mês atualmente. Além disso, estamos falando somente do potencial de crescimento no Brasil, mas o CEO da companhia afirmou recentemente que, no prazo de 5 anos, o número de clientes fora do país já pode ser maior que o daqui.

Contudo, para manter o conservadorismo da análise, vamos supor que a iniciativa internacional não ganhe tração, mesmo considerando apenas o potencial de crescimento da base de clientes nacional, basta que o Inter consiga entregar um lucro de R$ 42 por cliente para que o lucro esperado implícito no preço de sua ação seja alcançado.

Devido ao acelerado crescimento da empresa, a ARPU do banco atualmente é de R$ 207,2, mas no fim de 2019, por exemplo, antes de abrir 2 milhões de novas contas por trimestre, o Inter já chegou a ter uma ARPU de mais de R$ 500.

Seu CTS é de R$ 110,4 atualmente, apesar do fato de que a empresa segue reforçando fortemente sua estrutura operacional para garantir a satisfação dos clientes, não é por acaso que o NPS da empresa é de 84 pontos, zona de excelência. Em 2019, o CTS era de R$ 168,7.

O fato é que quando a empresa estabilizar seu crescimento com um número de clientes muito superior, não apenas sua receita por cliente será muito maior, como também seu custo de servir por cliente também será consideravelmente menor. Além disso, os gastos com a aquisição de clientes também serão consideravelmente menores.

É por isso que eu entendo que, no preço atual, as ações do Inter estão bem distantes de fazer jus a todo potencial de crescimento que a empresa tem. Mesmo com premissas conservadoras, é possível enxergar que o lucro que a empresa pode estar entregando em alguns anos é consideravelmente maior do que o esperado pelo mercado.

As ações do Inter estão de partida do Brasil, os estudos para a reorganização societária da empresa já foram concluídos e aprovados por unanimidade pelo conselho da empresa.

Dentre outras coisas, toda a base acionária da empresa migrará para a Inter Plataform, empresa que será listada na NASDAQ e terá BDRs negociados no Brasil.

O movimento é mais um evento com impacto positivo na tese, pois (i) vai reforçar a posição de companhia global de tecnologia do setor financeiro do Inter; (ii) permitirá que as ações negociem em um mercado acostumado e que que valoriza empresas de tecnologia com potencial de crescimento exponencial; (iii) vai abrir espaço para que a empresa possa fazer mais follow-ons e levante mais capital sem que os controladores precisem abrir mão do controle da empresa, por conta do mecanismo do voto plural e (iv) vai destravar o crescimento das verticais não relacionadas à intermediação financeira, já que o banco, sujeito a limitações de capital e liquidez impostas pela regulação do setor, será a empresa em que tudo está abaixo.

Em breve os demais detalhes sobre a reorganização serão divulgados pela empresa e, com tudo em mãos, serei capaz de analisar minuciosamente as opções e então recomendarei para meus assinantes a melhor opção.

Logicamente, quando dermos a nossa orientação final, explicaremos como se dará todo o processo da migração do ponto de vista operacional, o que muda na sua vida ao possuir BDRs ou as ações diretamente nos EUA, por que estamos escolhendo determinada modalidade etc.

Por ora, reforço novamente a excelente oportunidade de entrada em BIDI11. Fundamentos melhorando e ação caindo representam a dobradinha da oportunidade. Não se assuste com a volatilidade, utilize-a a seu favor!

O NORD 10X

Gostou da análise e da oportunidade?

O Inter é apenas uma das 10 empresas recomendadas pelo Ragazi no Nord 10X. A série tem pouco mais de um ano de vida, está com um retorno acumulado de 20,41%, retorno 7,2x maior do que o da bolsa no período.

Perfomance do NORD10X (22/10/20 até 05/11/21). Fonte: Nord.

A estratégia do NORD 10x segue os ensinamentos do Peter Lynch, principal autoridade do mercado mundial quando o assunto é growth investing. Seu fundo, o Magellan Fund,  entregou um retorno médio de 29% ao ano por um período de 13 anos.

No growth investing, o objetivo é encontrar as empresas com o maior potencial de crescimento e, quando este não está devidamente precificado pelo mercado na bolsa, é o conceito de GARP - Growth At a Reasonable Price.

O Ragazi acredita que, além do Inter, existem mais 10 empresas que podem ser consideradas GARP no momento. Inclusive, com a recente queda da bolsa, tem muita empresa que era boa, mas cara, tornando-se GARP.

Se você quer saber tudo sobre a reorganização societária do Inter, as demais oportunidades que estão na carteira recomendada e não quer perder a próxima recomendação de ação, que pode sair a qualquer momento, conheça por dentro o NORD 10X.

Além dos relatórios quinzenais, a série ainda conta com um canal no Telegram para compartilhamento de informações em tempo real e que permite que você entre em contato direto com o Ragazi para tirar qualquer dúvida…

Faça sua inscrição agora com 30 dias de teste de compromisso. O Nord 10X vai te ajudar a encontrar as próximas porradas da Bolsa.

Abraço,

Rafael Ragazi, CNPI.


Em observância aos Artigos 20 e 21 da Instrução CVM 20/2021, o Analista Rafael Ragazi declara:

  1. Que é o responsável principal pelo conteúdo do presente Relatório de Análise;
  2. Que as recomendações constantes no presente Relatório de Análise refletem única e exclusivamente suas opiniões pessoais e foram elaboradas de forma independente, inclusive com relação à Nord Research;
  3. Que é detentor de valores mobiliários mencionados neste Relatório de Análise - a saber, BIDI11.

Em observância ao Artigo 22 da Instrução CVM 20/2021, a Nord Research esclarece:

  1. Que oferece produtos contendo recomendações de investimento pautadas por diferentes estratégias e/ou elaborados por diferentes Analistas. Dessa forma, é possível que um mesmo valor mobiliário encontre recomendações distintas em diferentes produtos por nós oferecidos. As indicações do presente Relatório de Análise, portanto, devem ser sempre consideradas no contexto da estratégia que o norteia.

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