Crypto.com, FTX, Coinbase e os esportes

Por que as exchanges investem tanto no marketing através do esporte?

Nord Research 13/02/2022 12:00 5 min
Crypto.com, FTX, Coinbase e os esportes

Olá, pessoal! Eu sou o Luiz Pedro, responsável pelo Nord Crypto Master, a carteira de criptoativos da Nord.

Vocês devem ver recorrentemente as ações de marketing de corretoras e empresas de cripto em ambientes esportivos. Recentemente, tivemos algumas muito interessantes (e grandes).

E, neste fim de semana, haverá mais algumas: o Super Bowl, final do campeonato da NFL, vem aí, e as corretoras de cripto estarão em peso.

Exchanges de cripto e o marketing através do esporte

Se você, assim como eu, é fã de esportes, ou acompanha assiduamente alguma modalidade específica, já deve ter notado que sempre aparece algum anúncio ou propaganda de uma corretora de criptoativos.

Vou relembrar aqui alguns dos principais, para entendermos o porquê dessa “paixão” das exchanges pelos esportes!

Começando pela principal, a Crypto.com.

Crypto.com

A Crypto.com é uma exchange nova de cripto, que também traz um projeto de criptoativos conjunto e uma proposta de blockchain que ainda está em vias de construção.

Não gosto do CRO como criptoativo, pela alta taxa inflacionária e as políticas pouco eficazes de contenção da oferta, além da centralização do token nas mãos da empresa.

No entanto, quando se trata de divulgação da marca por meio do esporte, eles são impecáveis e não poupam esforços.

Hoje, a Crypto.com é patrocinadora master de duas modalidades: o UFC e a Fórmula 1. Ambas com parcerias na criação de NFTs para as modalidades também.

Foto: Divulgação

Além disso, nesta semana, a Crypto.com comprou o direito de nome do mais novo circuito da Fórmula 1: o Crypto.com Miami Grand Prix.

É o segundo direito de nome muito relevante que a exchange compra. O primeiro foi o icônico ginásio de eventos de Los Angeles, o antigo Staples Center, ginásio dos Los Angeles Lakers e dos Clippers, além de casa de grandes shows e eventos. Desde 25 de dezembro de 2021, o ginásio se chama Crypto.com Arena.

Para quem é mais fã do principal esporte do Brasil — e/ou gosta do Neymar tanto quanto eu —, a Crypto.com também é patrocinadora oficial e parceira do Paris Saint Germain e sempre aparece nas propagandas do clube, com os principais jogadores.

E, para os fãs de basquete, a Crypto.com é a patrocinadora oficial do Philadelphia 76ers.

Essas são apenas algumas das mais relevantes parcerias e ações de divulgação ligadas ao esporte que a Crypto.com tem.

Uma das suas principais competidoras, a FTX, também não fica para trás.

FTX

Após receber um investimento relevante da Gisele Bündchen em conjunto com seu marido, Tom Brady, um dos maiores (se não o maior) jogadores de futebol americano da história, a corretora passou a abrir os olhos para o esporte.

A primeira e principal ação da FTX ligada ao esporte foi a compra do direito de nome do ginásio esportivo e de eventos de Miami, o antigo American Airlines Arena, que agora se chama FTX Arena.

Foto: Divulgação

Antes que você pense que eles “copiaram” a Crypto.com, não se engane, eles foram os pioneiros nessa história de comprar nome de ginásio.

Além disso, a FTX também é patrocinadora da equipe Mercedes Petronas na Fórmula 1, que conta com o piloto Lewis Hamilton, heptacampeão mundial, e a jovem sensação inglesa, George Russel.

Por fim, a FTX também patrocina uma forte equipe na NBA, o Golden State Warriors. Provavelmente, o patrocínio deve estar estampado na camisa do time a partir da próxima temporada.

Essas são as duas principais corretoras que têm essa veia tão forte com o esporte. Mas as outras estão “correndo atrás do prejuízo”.

A Coinbase começou com um forte patrocínio na NBA e terá seu logo estampado em todas as mídias da liga, incluindo os jogos de videogame e a liga feminina: a WNBA.

Já a Binance é a principal patrocinadora do Campeonato Paulista de Futebol atualmente e também fechou um patrocínio de 10 milhões de dólares com o Santos.

Agora, o que todas elas terão em comum em breve é uma brecha ali no principal evento esportivo em termos de audiência no mundo: o Super Bowl.

O espaço midiático do Super Bowl

O Super Bowl é, ano após ano, o segundo evento de propaganda mais caro da televisão mundial. Ele detém 19 das 20 maiores audiências da história da televisão americana.

A final do futebol americano vai muito além de um jogo, existem diversas atrações, incluindo shows no intervalo. Este ano terá: Dr. Dre, Eminem, Kendrick Lamar, Snoop Dogg e Mary J. Blige.

Muita gente que nem sequer gosta do evento se reúne para assisti-lo por causa desses shows.

A Crypto.com e a FTX pegaram o momento mais “caro” e, portanto, relevante em termos de audiência, que é o intervalo antes do show.

Gemini e Coinbase terão inserções durante o jogo. O dinheiro gasto foi alto, com certeza. Mas será que vale a pena? A minha opinião é que sim!

Propagandas na televisão e no esporte trazem para si a atenção de um público que, até então, não te conhecia, por não ser o seu público diário, que já negocia cripto e passa o dia na Internet.

Além disso, estar presente nesses ambientes que são reconhecidamente caros traz um viés de confirmação para os usuários e uma imagem de credibilidade para quem não conhecia a empresa.

Vale lembrar também que muita gente que não tem tanto (ou nenhum) conhecimento sobre cripto é cético quanto a esse mercado.

E uma aparição no jogo de domingo que essa pessoa sempre assiste pode ser o que ela precisava ver para crer.

Espero que tenham gostado do tema e que gostem tanto de esportes quanto eu.

Um abraço e um bom Super Bowl para quem for assistir amanhã, 13.

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