Cada peça em seu lugar

Cesar Crivelli 14/08/2021 13:00 4 min
Cada peça em seu lugar

Ainda em alta

Uma das grandes preocupações por parte dos investidores mundiais tem sido a alta da inflação. Não só nos Estados Unidos, mas também em várias economias, tanto desenvolvidas quanto subdesenvolvidas (como no Brasil), o preço de alguns produtos e serviços tem subido bastante.

Nesta semana, tivemos a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) nos Estados Unidos, que veio em linha com as expectativas dos principais economistas do mundo.

No mês de julho, a inflação ao consumidor avançou +0,5 por cento, levando a taxa acumulada em doze meses para +5,4 por cento, o maior patamar desde meados de 2008. A meta do Federal Reserve (Banco Central dos EUA) é de algo próximo a 2,5 por cento ao ano.

A grande discussão, que gera a pergunta de bilhões de dólares, diz respeito à característica atual do ciclo inflacionário. Se essa alta dos preços for “permanente” e se arrastar até o final do ano, ou começo de 2022, provavelmente o FED terá que elevar os juros para reduzir o consumo.

Acontece que o mercado espera um aumento de juros apenas no final de 2022, ou seja, uma antecipação do movimento – que hoje ainda não está refletida no preço dos ativos – pode gerar um grande susto no mercado.

Consequência indesejada

Por enquanto, poucos agentes do mercado acreditam que isso vá de fato acontecer. O cenário atual é de que a inflação é transitória, e mais para o final do ano os preços devem recuar para o patamar histórico. Com isso, no ano de 2022, a inflação nos Estados Unidos deve retornar para o patamar de 2,5 por cento.

Todavia, caso esse não seja o caso e o FED tenha que responder mais rápido do que o esperado, é muito provável que tenhamos uma repercussão dessa atitude em várias classes de ativos, sendo o mercado de ações o mais prejudicado em um primeiro momento.

Um aumento nos juros tende a reduzir um pouco a atratividade do mercado de ações.

Do lado técnico, temos impacto no valor presente das operações das empresas, visto que os fluxos de caixa serão descontados a uma taxa maior do que a atual, reduzindo um pouco o valor presente destes.

Do lado mais qualitativo, o investimento em ativos de renda fixa passa a ser mais atrativo, o que pode gerar um fluxo de saída de investimentos em ativos de risco para títulos do governo ou corporativos, dado o possível aumento de juros.

Jogo de Xadrez

Estamos em um momento delicado, no qual qualquer decisão precipitada pode machucar o rendimento dos seus investimentos. São inúmeras variáveis, num jogo de xadrez em que os participantes, apesar de experientes, se veem diante de certos dilemas, e uma jogada errada pode ter consequências desastrosas.

Se o FED não aumentar os juros no momento certo, caso a inflação permaneça elevada, ele terá que correr atrás da bola e possivelmente o movimento de elevação terá que ser mais agressivo.

Por outro lado, se ele elevar os juros antes do momento certo, poderá enfraquecer a economia e o consumo no país, que apesar da forte recuperação durante os últimos trimestres, ainda conta com um grande número de desempregados.

O que fazer?

Agora é a hora de você ter a melhor assessoria possível para seus investimentos.

Qualquer grande movimento nos Estados Unidos com certeza terá reflexos em ativos brasileiros, na renda fixa, nos fundos de investimentos, na bolsa de valores ou no câmbio. O Brasil não é uma ilha, precisamos sempre lembrar disso.

Por aqui, já vimos o Banco Central aumentar os juros nas últimas reuniões e isso deve se repetir ao longo do segundo semestre. A bolsa empacou e não adianta comprar qualquer coisa, você precisa investir nas melhores empresas. O câmbio, apesar de ter recuado em relação às máximas recentes, começa a dar sinais de que pode não ficar onde está, ainda mais porque teremos eleições no próximo ano.

Tudo está correlacionado e você precisa ter a ajuda de várias pessoas, que estão sincronizadas e são especialistas em cada assunto, para conseguir alocar da melhor forma seu patrimônio nos melhores ativos.

Aqui, na Nord, oferecemos o Nord Advisor, que dá acesso aos relatórios que você precisa para montar uma carteira em várias classes de ativos. No Nord Advisor, você encontrará recomendações de Renda Fixa, Fundos e Investimentos, Fundos Imobiliários, Ações no Brasil e no Exterior.

Diversificação, contato com analistas experientes e preocupados com você e paciência: essa é a fórmula para superar qualquer momento adverso que possa vir. Conte com a Nord para ajudar você a investir melhor.

Até a próxima semana!

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