BPAC11: a ação para comprar agora após trimestre recorde

Índices futuros dos EUA sobem antes de inflação nos EUA

Nord Research 11/05/2022 13:00 11 min
BPAC11: a ação para comprar agora após trimestre recorde

Nord Insider

Nesta quarta-feira,11, o pré-mercado de Nova York abre em alta antes do dado de inflação nos Estados Unidos. A atenção está voltada para o aumento dos preços, principalmente porque o Federal Reserve (Fed) está elevando as taxas de juros e cortando seu balanço patrimonial para lidar com a inflação.

Na agenda econômica, sai o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA, de abril. Nos Estados Unidos, será divulgado o Índice de Preços ao Consumidor, IPC, também referente a abril.

Balanços

Ainda no local, repontam seus números referentes ao primeiro trimestre a Caixa Econômica Federal, Aliansce Sonae, Banco do Brasil, Braskem, Copel, Enjoei, Grupo Soma, JBS, Light, Minerva, Panvel, Positivo, Santos Brasil, SLC Agrícola, SulAmérica, Tenda e Ultrapar.

Principais assuntos de hoje:

  • Ata do Copom ratifica extensão do aperto;
  • Vendas do varejo têm 3ª alta seguida;
  • BTG Pactual (BPAC11): a ação para comprar agora;
  • Lucro da Taurus no 1T22 cresce quase três vezes;
  • Ranking dos fundos de ações em 2022.

Ata do Copom sinaliza riscos de nova alta da Selic, mas em ritmo menor

O Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central (BC) repetiu, nesta terça-feira, 10, por meio da ata de seu último encontro, a sinalização de uma “provável” elevação de juros adiante, ou seja, que o ciclo de altas da Selic (a taxa básica de juros), mesmo que em menor ritmo, não se encerrará na reunião de maio.  

Na semana passada, o Copom elevou a Selic em 1 ponto porcentual, de +11,75 por cento para +12,75 por cento ao ano.

O comitê apontou que a inflação ao consumidor segue elevada e disseminada entre vários componentes, mostrando-se mais persistente do que o antecipado. “As leituras recentes vieram acima do esperado e a surpresa ocorreu tanto nos componentes mais voláteis como nos mais associados à inflação subjacente. […] Os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária seguem com inflação elevada e as diversas medidas de inflação subjacente apresentam-se acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação.”

Além disso, o colegiado trouxe mais detalhes a respeito da conjuntura inflacionária global, destacando que a reorganização das cadeias de produção globais, já impulsionada pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia, deve se intensificar, "com a busca por uma maior regionalização na cadeia de suprimentos". "Na visão do comitê, esses desenvolvimentos podem ter consequências de longo prazo e se traduzir em pressões inflacionárias mais prolongadas na produção global de bens", complementou.

A autoridade monetária também reconheceu que a política monetária de países desenvolvidos tem impactado nas contas de países emergentes, como o Brasil. “Diante da potencial persistência do processo inflacionário, a reprecificação da política monetária nos países avançados tem impactado as condições financeiras dos países emergentes", destacou.

O comitê afirmou ainda que a incerteza em relação ao futuro do arcabouço fiscal atual resulta na elevação dos prêmios de risco e aumenta o risco de desancoragem das expectativas de inflação. […] Para o colegiado, o nível de aperto monetário apropriado é também condicional ao arcabouço fiscal vigente. “O esmorecimento no empenho por reformas estruturais, bem como alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas, podem elevar a taxa de juros neutra da economia'', disse o Copom na ata, preocupado com piora no cenário fiscal.

De modo geral, a analista de renda fixa e sócia-fundadora da Nord Research, Marilia Fontes, destaca que o Banco Central reconheceu vários riscos importantes e manteve o discurso de que é recomendada uma nova alta de menor magnitude do que o movimento feito este mês.


Vendas do varejo crescem +1 por cento em março ante fevereiro


As vendas do comércio varejista subiram +1 por cento em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na terça, dia 10. A expectativa do mercado era de avanço de +0,5 por cento.

O resultado de março deixa o setor +2,6 por cento acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020.

Na visão do analista Christopher Galvão, da carteira Renda Fixa Pro, o desempenho do setor no primeiro trimestre tem sido a principal razão pela qual o mercado está

revisando para cima as expectativas de crescimento do PIB em 2022, apesar de estar diminuindo as projeções de crescimento para 2023.

Entre os pontos de atenção, destacamos o fato da taxa Selic estar em um dos patamares mais elevados do mundo (+12,75 por cento), além do alto endividamento das famílias brasileiras, que atingiu nível recorde em abril de 2022 e pode jogar uma certa dificuldade para o desempenho da nossa atividade nos próximos trimestres.

Contudo, reforçamos que, por enquanto, o desempenho do varejo vem surpreendendo positivamente o mercado.

Gráfico apresenta vendas no varejo (mensal) – mar/21 a mar/22.

BTG Pactual desafia temporada em trimestre recorde


O BTG Pactual (BPAC11) apresentou recorde de receita e de lucro no primeiro trimestre. O crescimento do banco veio acima de sólidos bancões tradicionais, como Santander e Bradesco.

A receita líquida subiu +56 por cento na comparação anual, chegando a 4,4 bilhões de reais. O lucro líquido subiu +72 por cento para 2,1 bilhões de reais — outro patamar histórico.

Com essa lucratividade, o retorno sobre capital do BTG Pactual (21,5 por cento) bateu o do Santander (20,7 por cento), do Bradesco (18 por cento) e do Itaú (20,4 por cento). Os números do Banco do Brasil serão divulgados nesta quarta-feira, dia 11.

Analisando os resultados:

A analista Danielle Lopes destaca que praticamente todas as verticais do BTG tiveram resultado positivo.

Linhas de negócio do BTG Pactual (BPAC11): Investment Banking; Corporate Lending; Sales and Trading; Asset Management; Wealth Management + Consumer Banking e Non-Core Business.

A receita de crédito no segmento Corporate Lending (grandes companhias) e de pequenas e médias avançou +47 por cento na comparação anual, para 817 milhões de reais, e do Sales and Trading (mesa de operações) teve também a melhor performance desde 2016, somando 1,5 bilhão de reais — alta de +83 por cento.

O negócio de Asset (gestão de recursos) teve alta de +18 por cento na comparação anual, enquanto Wealth Management & Consumer Banking (gestão de fortunas e digital) quase dobrou a receita, somando 570 milhões de reais — alta de 93,5 por cento.

A única exceção foi a queda na receita de Investment Banking, que faturou 351 milhões de reais, uma redução de -27,5 por cento na comparação anual. Nossa analista aponta que a baixa nesse segmento era esperada em meio a um ambiente de alta de juros, o que impactou nas operações de fusões e aquisições, emissões de dívida e oferta de ações (IPO).

Nossa Visão e Recomendação: o resultado recorde do BTG evidencia a resiliência do modelo de negócios do banco frente a outros players financeiros que sofreram com um ambiente econômico mais desafiador. A nosso ver, o banco tem escala o suficiente para sobressair no mercado e esperamos resultados operacionais crescentes ao longo de 2022. Além disso, vemos que as ações do banco estão baratas, sendo negociadas a 13X lucro. Dito isso, reiteramos nossa recomendação de Compra para BTG Pactual.

Recomendação: Comprar

O que mais é destaque no corporativo?


Taurus Armas: no 1T22, empresa entrega 195 mi de lucro, quase três vezes maior

Com mais de 80 anos de história e presença nacional e internacional, a Taurus Armas (TASA4) é líder absoluta no mercado de armas curtas, superando as tradicionais empresas americanas. No primeiro trimestre de 2022 (1T22), a fabricante gaúcha reportou resultados sólidos, sobretudo em termos de lucro e receita.

A Taurus registrou uma receita operacional líquida de 676,6 milhões de reais, alta de +22,8 por cento na comparação com o primeiro trimestre de 2021.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de 242,2 milhões de reais, alta de +37,8 por cento em relação aos 175,7 milhões de reais registrados no ano passado.

O lucro líquido da Taurus foi de 195 milhões de reais, alta de +186,3 por cento na comparação anual.

O analista Fabiano Vaz destaca que a forte demanda vivida em 2020 e 2021 no maior mercado mundial de armas (Estados Unidos) aponta para um arrefecimento. Com isso, observamos que as vendas da fabricante gaúcha nos EUA ficaram estáveis, indicando o início de um processo de acomodação no mercado.

Nosso analista acredita que a companhia deve apostar no segmento de revólveres daqui para frente, uma vez que, nos últimos dois anos, a forte demanda foi por pistolas. Além disso, a Taurus é líder no segmento americano e entende que existe mercado por lá com potencial para seus produtos.

Olhando para a frente, conforme já comentamos anteriormente, acreditamos que aquele crescimento de três dígitos observado nos últimos anos não deverá ser a realidade da empresa nos próximos trimestres.

A nosso ver, o desafio da Taurus agora é manter o patamar de resultados com crescimento elevado por meio de ganhos de mercado nos EUA, com um mix de produtos melhor e pela expansão em outros países, como a Índia.

Sendo bem conservadores, nossas projeções apontam para um crescimento de apenas +30 por cento do Ebitda em 2022, negociando a 2,4x Ebitda futuro.

Atualmente, sendo negociada a apenas 3,1x Ebitda e com perspectiva de continuar se posicionando nos EUA e crescendo na Ásia, reiteramos nossa recomendação de Compra para TASA4.

Recomendação: Comprar


Entrando no detalhe


Ranking mostra desempenho dos fundos de ações em 2022


Abril foi um mês difícil para os fundos de ações, que têm sofrido bastante recentemente seguindo uma queda geral dos mercados.

Em uma mistura de medo com o avanço de casos da Covid-19 na China e temores de que realmente seja necessário um ajuste de juros mais forte por parte do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), o Ibovespa subiu de escada e desceu de elevador.  

Na terça-feira, 10, o Ibovespa fechou sua quarta sessão negativa consecutiva, queda de -0,14 por cento, aos 103.109,94 pontos. Com isso, o índice passou a ceder -1,63 por cento no ano.

No geral, o especialista em fundos, Luiz Felippo, aponta que 2022 tem se mostrado  um ano difícil para a bolsa, principalmente para as empresas mais ligadas a consumo e Small Caps, uma vez que acabam sendo mais influenciadas pelos juros longos e crescimento — pelo menos é assim que o mercado enxerga.

Esse grupo de ações ligadas ao ciclo doméstico são as que mais estão sofrendo, com quedas acima de -17 por cento.

Do outro lado, as ações de empresas ligadas a commodities, que representam 30-40 por cento do valor de mercado do Ibovespa, e papéis de bancos notadamente apresentaram um melhor desempenho no começo de 2022, ainda que já tenham devolvido parte relevante da alta acumulada no ano e derrubaram o índice.

No momento, o balanço geral é: commodities próximas do zero a zero, bancos com altas em torno de +7 por cento e empresas domésticas caindo -17 por cento.

Remamos para ficar no mesmo lugar.

Veja o ranking dos fundos de ações em 2022

Ranking dos fundos de ações em 2022.
Fonte: Economatica

Quem poderia imaginar que teríamos uma correção após o começo estelar de 2022? Ninguém.

O que se sabe até o momento é que teremos um ano de volatilidade, com eleições e incertezas globais com relação à inflação.

Nosso especialista acrescenta que, tipicamente, anos eleitorais já são bastante complicados. Basta olhar para o desempenho da Bolsa em todos os períodos eleitorais anteriores (gráfico abaixo). A média, geralmente, é um retorno bastante aquém.

Gráfico apresenta desempenho da Bolsa em todos os períodos eleitorais anteriores.

Se combinamos tudo isso com as preocupações de inflação no mundo todo em meio a uma guerra no Leste Europeu, entre Rússia e Ucrânia, não restam dúvidas de que 2022 é um ano bastante delicado.

Isso quer dizer que não devemos ter exposição a nenhuma classe de ativo? Calma, também não é assim.

Em nossa avaliação, sair dos fundos de ações agora – na expectativa de retornar no futuro – é o equivalente a abandonar o jogo em seu pior momento. Além disso, você só retornará quando tudo estiver caro demais no mercado…

Entenda que parte do sucesso nos investimentos está em você, primeiro, estar investido o tempo todo.

Afinal, é uma pequena parcela do retorno que é atribuída ao market timing (a habilidade de saber o ponto de mínimo).

O que pode variar, a nosso ver, é o quão exposto você está, com 20, 30 ou 50 por cento em ações. Mas se você está petrificado de medo, boas são as chances de que a sua alocação esteja acima do que você tolera.

A outra parte do sucesso, na visão do nosso especialista, está em escolher os melhores gestores do mercado, aqueles que saberão ultrapassar momentos difíceis como este e triunfar do outro lado; são esses que o Luiz Felippo busca para compor a carteira do Nord Fundos.

Se você considera que não está bem alocado (a) ou está angustiado (a) com sua alocação, podemos te ajudar a construir uma carteira segura, diversificada e rentável.

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