Itaú compra corretora digital Ideal e reforça ecossistema de investimentos

Nord Insider

Olá,

Nesta quinta-feira, 13, os mercados mundiais operam próximos à estabilidade, após ganhos na véspera, com o exterior de olho em dados de inflação nos Estados Unidos.

Na agenda econômica, o IBGE divulga o Volume de Serviços de novembro. Nos EUA, sai a inflação ao produtor, o PPI, de dezembro.

Itaú anuncia contrato para compra da Ideal Holding Financeira

O Itaú Unibanco (ITUB4) comunicou nesta quinta-feira, 13, que celebrou contrato para a compra de até 100% do capital social da Ideal Holding Financeira. Conforme o fato relevante, a compra será realizada em duas etapas ao longo de cinco anos.

Na primeira, o Itaú Unibanco irá adquirir 50,1 por cento do capital social e votante da Ideal, por meio de um aporte primário e da aquisição secundária de ações por um valor aproximado de 650 milhões de reais, passando a deter o controle da companhia.

Na segunda, após o prazo de cinco anos, o Itaú Unibanco poderá exercer o direito de compra do percentual restante (49,9 por cento) do capital social da Ideal.

Inflação nos EUA tem maior alta em quase 40 anos

O índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) dos Estados Unidos, equivalente ao IPCA brasileiro, subiu acima do esperado em dezembro e atingiu a maior alta anual em quase quatro décadas.

No mês passado, os preços ao consumidor subiram +0,5 por cento, acima das projeções de +0,4 por cento, e na base anual o CPI subiu +7,0 por cento. Esse foi o maior aumento inflacionário para um período de 12 meses desde 1982.

No que diz respeito ao núcleo de inflação (índice que desconsidera os preços mais voláteis, como energia e alimentos), em dezembro aumentou +0,6 por cento, enquanto o mercado esperava uma alta de +0,5 por cento. No período de 12 meses, a alta foi de +5,5 por cento — ou seja, bem acima da meta de inflação de longo prazo, de +2,0 por cento.

Os vilões por lá

O analista de renda fixa Christopher Galvão destaca que questões relacionadas à dinâmica do mercado de trabalho podem continuar jogando pressão na inflação dos EUA por conta da forte queda da taxa de desemprego, que já está em 3,9 por cento — muito próximo do pleno emprego. Com isso, os salários também vêm aumentando, crescendo +0,6 por cento em dezembro, acima das projeções do mercado de +0,4 por cento, de acordo com os dados do Payroll da última sexta-feira, 7.

Sob as condições expressas acima, o Fed vem mudando o tom do seu discurso, enxergando a necessidade de acelerar o ritmo de retirada dos estímulos pelo programa de compra de títulos (“tapering”), antecipando o início do ciclo de alta dos juros que pode, inclusive, acontecer já em março. Além disso, a instituição pretende iniciar o processo de venda dos ativos do seu balanço em breve.

Esses esforços são para tornar a política monetária menos estimulativa e tentar desacelerar a inflação, que segue bastante pressionada por lá.

O que é destaque no cenário local?

O ano mal começou e já temos cinco empresas que desistiram de abrir capital

Em apenas treze dias, cinco empresas constam na lista de desistência da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para cancelarem seus processos de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), são elas:

1. Monte Rodovias;

2. Ammo Varejo;

3. Dori Alimentos;
4. Environmental ESG (empresa que faz parte da Ambipar);

5. Vero Internet.

Ano novo com muitas demandas do ano velho (hehe).

Para Danielle Lopes, analista de ações da Nord Research, podíamos imaginar que 2022 seria um ano menos favorável para IPOs. Com a aproximação da eleição, o mercado começou a precificar a questão fiscal (ampliação de gastos), possíveis escolhas do próximo mandato (ainda que apenas no mundo das ideias), além das complicações do cenário internacional que afetam nossa economia.

Na cena doméstica, estamos assistindo a uma deterioração dos preços dos ativos brasileiros, especialmente da bolsa. Por isso, dado o cenário de baixa visibilidade, podemos esperar novas desistências do pedido de registro de IPO.

Entendemos que agora é hora de ter calma e de buscar investir em ações de empresas com histórico de bons resultados e que tenham bons planejamentos para atravessar possíveis crises e um cenário de juros altos durante longos períodos. Ou seja, que sabem se comportar em momentos de turbulência.

Para montar sua carteira com bons ativos, agora é a hora de pedir ajuda. E, é claro, estamos aqui para isso.

A Danielle Lopes tem focado as escolhas do Nord Ações exatamente para você navegar em meio aos percalços da Bolsa e escolher bons navios para investir no longo prazo.

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3 Tentos e BR Partners anunciam follow-on para destravar liquidez de ações

A 3Tentos (TTEN3) e o BR Partners (BRBI11) protocolaram, na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), seus pedidos de registro de oferta subsequente (follow-on) na tentativa de resolver o imbroglio envolvendo a liquidez de suas ações.

O problema se criou em setembro do ano passado, quando as corretoras bloquearam as operações de compra e venda para investidores não-qualificados que participaram da oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) com base na Instrução 476. Nessas emissões, apenas investidores qualificados (com mais de 1 milhão de reais em aplicações financeiras) poderiam negociar as ações da 3Tentos e do BR Partners pelos 18 meses seguintes ao IPO. No entanto, segundo informações do Valor Econômico, um suposto erro das corretoras teria permitido o acesso aos papéis por parte de investidores pessoa física.

No fim das contas, todas as 12 empresas que realizaram ofertas de ações via Instrução 476 acabaram penalizadas com a restrição.

Na segunda-feira,10, Roberto Chade, presidente da Dotz (DOTZ3), outra empresa afetada pela suspensão das negociações de investidores de varejo, disse, em entrevista à Reuters, que a empresa avalia a realização de uma oferta subsequente, mas que ainda não há definição.

O "Super Trunfo"

Enquanto a Instrução CVM 476, ou oferta restrita, é voltada apenas para investidores profissionais, a Instrução CVM 400, ou oferta pública irrestrita, é voltada para qualquer investidor. Com isso, as empresas podem conseguir driblar – dentro das regras – as normas da Instrução 476, como numa cartada de “Super Trunfo”.

Na visão do analista de ações, André Zonaro, é uma tentativa válida, por parte dessas empresas, de aumentar o volume de negociação das ações em bolsa, buscando capturar mais valor aos seus acionistas e, consequentemente, elevando a liquidez de suas ações na expectativa de fazer com que o atual preço de mercado delas atinja níveis mais próximos do que elas entendem como o valor justo.

Segundo informações de mercado, as empresas que emitiram ações via Instrução 476 foram:

1. Alphaville (AVLL3 e AVLL11);
2. HBR Realty (HBRE3);
3. Allied Tecnologia (ALLD3);
4. Infracommerce (IFCM3);
5. Dotz (DOTZ3);
6. Aura Minerals (AURA33);
7. BR Partners (BRBI11);
8. 3Tentos (TTEN3);
9. Livetech da Bahia (LVTC3);
10. Vamos (VAMO3);
11. Agrogalaxy (AGXY3);
12. Viveo (VVEO3).
    

Dessas, o nosso analista considera oportunidades para entrar no radar dos investidores os papéis da 3Tentos e BR Partners.

Relevante agora

Suzano elevará preços da celulose para mercado asiático a partir de fevereiro

A Suzano (SUZB3), maior fabricante mundial de celulose de eucalipto, vai elevar os preços da tonelada da commodity em 50 dólares para o mercado asiático, segundo fonte do setor. O reajuste será aplicado para pedidos a partir de fevereiro.

O aumento é o terceiro anunciado recentemente pela Suzano para vendas a clientes da Ásia, um dos mais importantes mercados para o produto da fabricante.

Com a notícia, os papéis da companhia fecharam em alta de +3,51 por cento, a 61,62 reais, em sessão também de ganhos para o Ibovespa.

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