2022 será o ano da renda fixa; veja onde investir seu dinheiro

Nossa analista de renda fixa, Marilia Fontes, diz que o momento atual é para liquidez e segurança

Nord Research 01/11/2021 12:17 6 min
2022 será o ano da renda fixa; veja onde investir seu dinheiro


Nord Insider

Olá, como foi o seu fim de semana? Por mais que amanhã (2) seja feriado, temos uma agenda movimentada à frente. Aqui está tudo o que você precisa saber na primeira semana de novembro.

BRASIL

Nesta semana, além dos dados mais recentes do relatório do Boletim Focus (confira abaixo), divulgado pelo Banco Central, na quarta-feira (3), após o feriado, o Comitê de Política Monetária (Copom) divulgará a ata da sua última reunião com mais detalhes sobre o aumento da taxa Selic para 7,75 por cento.

Ainda no cenário local, o que pode despertar a atenção dos investidores é a tentativa de aprovação da PEC dos precatórios, balanços de bancos (ITUB4 e BBDC4), dados de produção industrial, leilão do 5G e outras discussões em torno do programa social do governo.

INTERNACIONAL

Nos EUA, teremos os dados do payroll, a Reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), a decisão do BOE e o Índice de Gerentes de Compras (PMIs) na China.

2022 será o ano da renda fixa

Com Ibovespa encerrando o pior mês do ano em outubro caindo 6,74 por cento e, no acumulado, baixa de 12,92 por cento, indicadores de atividade econômica mostrando desempenho abaixo do esperado e cenário de alta de juros, o questionamento é: devo investir em Bolsa ou em renda fixa? Qual oferece o melhor resultado?

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária elevou a Selic para 7,75 por cento ao ano, 1,5pp acima da taxa anterior. A aceleração em mais de um ponto percentual é uma tentativa de colocar a inflação de volta nas metas (2022: 3,50 por cento, 2023: 3,25 por cento e 2024: 3,00 por cento).

Segundo o Boletim Focus desta segunda-feira (1), as expectativas são de que a Selic deve encerrar o ano de 2022 em 9,25 por cento e se elevar até 10,25 por cento em 2022. Enquanto isso, as expectativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) são de uma taxa de 4,55 por cento em 2022, 3,27 por cento em 2023 e 3,07 por cento em 2024.

Com o novo panorama, de acordo com a analista de renda fixa e sócia-fundadora da Nord Research, Marilia Fontes, as pioras nas projeções para os próximos anos resultaram em uma desancoragem das expectativas de inflação.

Com isso, pode ser que o Banco Central tenha que readequar a política para fazer frente à alta da inflação, elevando a taxa Selic para algo em torno de 10 por cento em 2022.

Invista em renda fixa sem deixar de lado as ações

Diante de cenários de incerteza, segundo nossa especialista, a aversão ao risco deve garantir que 2022 será o ano da renda fixa e, por conta disso, o investidor deve ter esse olhar para a diversificação, sem deixar de lado as ações, mas aumentando a parcela de produtos de renda fixa.

O momento atual é de construir uma carteira com duas coisas: liquidez e segurança. Por isso, evite ficar exposto ao juro longo no cenário atual. Monte uma carteira mais conservadora, especialmente porque os cenários eleitoral e econômico devem permanecer conturbados.

Uma saída é comprar títulos de renda fixa pós-fixada atrelados à Selic ou à taxa DI – taxas de juros que acompanham a taxa básica –, que passaram a render mais com a alta da Selic. E, no caso dos prefixados, prefira os de curtíssimo prazo.

Um ponto de atenção vai para os títulos de longuíssimo prazo prefixados ou atrelados à inflação, esses exigem cautela. Diante do cenário de incertezas, esses títulos podem continuar sofrendo com a marcação a mercado. Só para se ter uma ideia, neste ano, o Tesouro IPCA+ 2035, por exemplo, acumulou um incrível prejuízo de 17 por cento até o momento.

Se você ainda não entende como os títulos IPCA+ podem dar fortes prejuízos mesmo em um cenário de maior inflação, recomendo fortemente que você assista às aulas gratuitas da Marilia explicando sobre esse e os demais assuntos mais importantes para os investidores de renda fixa.

Ainda na visão da nossa analista, no mercado de ações é possível encontrar boas empresas, a bons preços e com visibilidade de crescimento. Porém nem tudo está barato. É cada vez mais importante que você faça investimentos contando com a ajuda profissional da Nord.

Vou deixar aqui o acesso para você conhecer o trabalho da Marilia e da equipe do Renda Fixa Pro. Na série, entregamos uma carteira detalhada com o percentual de cada título que você deve possuir de acordo com cada cenário macroeconômico. Essa é a melhor decisão que você pode tomar no cenário atual.

Relevante agora

Senhoras e senhores, breaking news! Quem contará esta novidade para vocês é o nosso analista de fundos, Luiz Felippo.

No mundo dos investimentos, cada vez mais tem ficado clara a importância de ter investimentos internacionais. Por exemplo, uma carteira que tem 20 por cento de investimentos no exterior teve um retorno em dois anos de 20 por cento. Enquanto isso, a Bolsa de Valores brasileira está perdendo 5 por cento.

Nesse sentido, a CVM está querendo aperfeiçoar um pouco a legislação que rege os fundos de investimento em diversos pontos e, entre as mudanças, uma alteração que beneficiará fundos internacionais.

Como funciona a regra hoje: os investidores de varejo só podem investir em fundos que alocam até 20 por cento no exterior, com o restante sendo completado com renda fixa. Com a mudança na legislação, o investidor dito qualificado poderia fazer isso em estruturas 100 por cento.

A mudança é, sem dúvidas, bem-vinda e positiva, afinal, ela permitirá uma melhor diversificação internacional por parte dos investidores e evitará produtos “aguados”. Não há motivos para o investidor não realizar uma diversificação de moeda e geografia e, assim, poder investir em produtos plenamente com exposição ao exterior.

A questão é: será que fundos internacionais são a melhor alternativa para investir fora? Vamos pensar juntos aqui.

Fiz um estudo com gestores ativos nos Estados Unidos, o qual mostrou que somente 18,63 por cento dos gestores superaram o SP500 (bolsa americana) na última janela de três anos. Em cinco anos, já são 13,79 por cento e, na última década, somente 2,24 por cento. Quando olhamos quem bateu em todos esses momentos, trata-se de apenas 1,38 por cento.

Ou seja, são raríssimas exceções que conseguem de fato ter um retorno interessante e acima do índice. Os que batem são disputados a tapa e não aparecem no Brasil para nos dar a oportunidade de alocar neles.

Essa é a verdade inconveniente que poucos vão lhe dizer.

O que temos praticado no Nord Fundos é uma estrutura de investimentos no exterior bastante baseada em ETF — até por serem estruturas baratas (sem grandes custos) e bastante rentáveis. Conte com a minha ajuda para diversificar sua carteira no exterior de forma equilibrada e eficiente.

Boa semana, investidores.

Um abraço!

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