Acionista do Itaú receberá BDRs da XP; Payroll; PMIs; e IPCA

Confira os assuntos que vão movimentar os mercados nesta semana

Nord Research 04/10/2021 12:06 5 min
Acionista do Itaú receberá BDRs da XP; Payroll; PMIs; e IPCA

Nesta semana, os investidores estarão atentos à divulgação dos dados de emprego nos Estados Unidos, o Payroll, de setembro. Também saem os índices dos gerentes de compras, os PMIs, do setor de serviços da China, Europa e Estados Unidos.

O mercado também estará de olho na reunião da Opep e seus aliados, que podem definir aumento na produção de petróleo.

No Brasil, o IBGE divulgará amanhã (05) os dados da indústria e na quarta-feira (06) do varejo de agosto. Destaque também para o IPCA na sexta-feira (08).

Falando sobre o mercado interno, você investe no Itaú? Tem acompanhado a cisão do banco na XP?

Acionistas do Itaú vão receber BDRs da XP

O que está acontecendo? A partir desta segunda-feira (04), os investidores brasileiros poderão comprar na B3 os BDRs da XP Inc., recibos que representam as ações da empresa negociadas na Nasdaq, sob o código XPBR31.

Com a cisão entre Itaú e XP, decidida pelo banco no ano passado, os acionistas do Itaú foram beneficiados e passarão a deter BDRs da XP.

Já a holding que detém o controle do Itaú, Itaúsa, terá 15 por cento da corretora graças a esse movimento.

Segundo o head de relação com investidores da XP, André Martins, desde que fez seu IPO na Nasdaq, em dezembro de 2019, a empresa aguardava a estreia dos seus BDRs na B3.“Nós fizemos lá fora primeiro porque esperávamos uma mudança de regras, que aconteceu no final do ano passado, e isso tornou esse tipo de investimento mais acessível e líquido. Após a reorganização societária com a saída do Itaú, acabou se tornando oportuno entrar no mercado brasileiro”, disse.

Empreendedorismo e educação financeira

Com o forte crescimento, a XP percebeu que ser apenas um escritório de AAI não seria o bastante e, em 2007, adquiriu duas pequenas corretoras.

Agora, como uma corretora de valores, a XP poderia escalar ainda mais seu modelo de negócios, acelerar sua expansão e começar a incomodar os "bancões".

No entanto, a crise do subprime nos EUA, em 2008, derrubou os mercados e freou por um momento o crescimento da XP.

Para enfrentar a crise, a empresa reduziu seu tamanho, cortou despesas e diversificou seu portfólio de produtos.

XP sobe degrau e abre sua corretora

Em 2010, os sócios da XP conheceram nos EUA a corretora Charles Schwab, um shopping de investimentos que oferecia o que faltava para a XP subir de patamar.

Com dinheiro em caixa, entre 2010 e 2011, a XP intensificou seu marketing e as operações de M&A (fusões e aquisições), com a compra das corretoras Interfloat e Senso, e do canal InfoMoney.

Os altos investimentos abriram a possibilidade de um IPO, que foi deixado de lado com a chegada da gestora General Atlantic e do aporte de 570 milhões de reais.

Crescimento acelerado

Já com uma rede própria de assessores e uma ampla oferta de produtos, a XP acelerou as aquisições e adquiriu as corretoras Clear e Rico, entre 2014 e 2016.

Com ritmo acelerado, Guilherme Benchimol, um dos fundadores da XP Investimentos, estava transformando o jeito dos brasileiros de investir e isso começou a incomodar os grandes bancos.

Participação do Itaú

Com o mercado em alta entre 2016 e 2017, a XP contratou bancos e começou a estruturar seu IPO. Nessa época, em maio de 2017, o Banco Itaú fez o trade da sua vida, comprando 49,9 por cento da XP por "apenas" 6 bilhões de reais.

XP estreia na Nasdaq

Com o caixa reforçado e com o Itaú como sócio, a XP continuou o seu forte ritmo de expansão e, em dezembro de 2019, valendo 62 bilhões de reais, a XP estreou na Nasdaq.

Parecia impossível que um escritório de AAI de 25m², em Porto Alegre, conseguisse transformar o mercado financeiro brasileiro, mas a XP conseguiu.

A multibilionária que não para de crescer

A XP conquistou uma rede de mais de 9 mil assessores e atingiu mais de 3 milhões de clientes.

Com mais de 800 bilhões sob custódia, sua receita ultrapassa os 10 bilhões de reais e a empresa cresce 59 por cento ao ano.

Com uma margem elevada,  a XP Inc. viu seu lucro crescer em média +77 por cento desde 2016.

Divórcio entre XP e Itaú

Em novembro de 2020, o Itaú anunciou sua saída da corretora. Com isso, cerca de 500 mil acionistas do Itaú Unibanco passarão a deter BDRs da XP.

Os papéis Itaú PN (ITUB4) sofrerão ajuste de -17,54 por cento e Itaú ON (ITUB3) ajuste de -18,68 por cento na abertura do pregão de hoje.

Ou seja, a cada 43,3 ações de Itaú (ITUB3 e ITUB4), os acionistas do banco vão receber 1 BDR de XP.

BDRs da XP: vale a pena entrar?

Diante de tudo o que dissemos acima, você já percebeu que a XP possui um growth enorme. Mas, será que vale investir nos BDRs da corretora? Quem responde essa pergunta é o nosso analista de ações Fabiano Vaz.

O Fabiano usou o guidance para fazer uma conta rápida e, pelos valores que encontrou, no preço atual da XP a empresa negociaria cerca de 24x seus lucros futuros (2024).

Com um crescimento elevado e ótima visibilidade de resultados futuros, a XP parece ser uma ótima oportunidade.

Projeção de resultados e P/L da XP. Fonte: XP Inc. e elaboração: Nord Research.

Além de empresas fora do consenso, o Fabiano busca valores escondidos, por isso ele vai compartilhar seus estudos em uma live especial sobre os BDRs da XP, que acontece hoje (04), às 10 horas, para assinantes da Nord Research.

Ao lado do Fabiano, estarão nossos analistas de ações Danielle Lopes, Guilherme Tiglia e Giulia Nicola.

Fique por dentro de tudo o que você precisa saber sobre os papéis da XP e a nossa estratégia do Nord Deep Value.

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