Resumo semanal: Evergrande não é o novo Lehman Brothers

Titã asiática perde o prazo para pagamento de dívida e mercados voltam a se preocupar

Nord Research 25/09/2021 11:58 4 min
Resumo semanal: Evergrande não é o novo Lehman Brothers

Resumo da semana de 20 a 24 de setembro

Mercados derretendo. No início da semana, o mercado financeiro global caiu forte com o efeito Evergrande. O clima ruim refletiu em uma nova rodada de desvalorização do minério de ferro e quedas nas principais bolsas. No Brasil, o Índice Ibovespa encerrou a sessão com uma desvalorização de 2,33 por cento, fechando a 108.843,74 pontos.

Cautela estrangeira. Na terça-feira (21), as atenções do mercado se voltaram para as reuniões do Fed e do Copom. Com ritmo de desaceleração da economia norte-americana, os investidores estavam atentos à continuidade dos estímulos monetários, vigentes desde o início da pandemia.

No Brasil, acompanhando o cenário global, as ações da Vale (VALE3) registraram queda de -3,29 por cento, a 83,31 reais, mesmo após anúncio de dividendo de 8,10 reais da companhia.

JCP. O conselho de administração da Weg (WEGE3) também anunciou a distribuição de Juros sobre Capital Próprio de 86,882 milhões de reais, correspondente a 0,0207 reais por ação. A partir da próxima segunda-feira (27), as ações serão negociadas como “ex-JCP”.

Superquarta. Como esperado, na quarta-feira (22), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve seu “plano de voo” e aumentou a meta para os juros básicos (Selic) em 1 ponto percentual, ao patamar de 6,25 por cento ao ano.

Logo após a divulgação do Copom, a analista e sócia-fundadora da Nord, Marilia Fontes, fez uma transmissão ao vivo no Instagram pessoal (@mariliadfontes) explicando as decisões, que têm impacto direto na economia e nos seus investimentos de renda fixa.

Que tal aproveitar o final de semana para assistir e ficar bem informado? Então, vamos!

Live da Marilia.


Ainda na quarta-feira, em dia de recuperação global dos ativos, as ações do setor de siderurgia foram destaque estando entre as altas do Ibovespa, por conta do minério de ferro, que saltou 16,9 por cento no porto de Qingdao, na China.

Alívio nos mercados. Já na quinta-feira (23), o Ibovespa fechou na faixa dos 114 mil, impulsionado pela melhora do mercado externo e alta das commodities. Os índices americanos também se recuperam um pouco das perdas da semana, com uma ressalva aos mercados que permaneceram cautelosos em torno da crise da gigante imobiliária Evergrande e da dificuldade em renovar o teto da dívida americana.

MTST na B3. O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) ocupou o prédio da B3 em São Paulo na tarde de quinta-feira. A ação ocorreu em protesto contra o “maior símbolo da especulação e da desigualdade social” do Brasil, na visão dos manifestantes. Apesar do susto, a manifestação não afetou os negócios.

Desânimo nos mercados. Na sexta-feira (24), as preocupações dos investidores voltaram com Evergrande, que falhou com o prazo, na quinta-feira (23), para o pagamento de uma dívida em 83,5 milhões de dólares (441,6 bilhões de reais) em juros de um título antigo.

BIDI reverte queda. Destaque positivo na sessão de ontem (24) para os papéis do Inter (BIDI11), que figuraram entre as altas devido a um rumor que circulou no mercado sobre uma potencial fusão do banco digital com a Stone.

A Stone tem muito a ganhar com a expertise do Inter na concessão do crédito e o Inter também aceleraria bastante a sua expansão no Inter Shop com uma eventual combinação de negócios, além de que aumentaria bastante a base de clientes potenciais para oferecer seus serviços financeiros (com os clientes da Stone).

Mas essas são coisas que também podem ser trabalhadas apenas com uma parceria. Vale ressaltar que a Stone se tornou parceira e detentora de 2,5 por cento das ações do Inter no seu último follow-on. Pelo visto, ao menos uma ampliação do acordo parece ser algo que faz sentido para as duas empresas.

Até o momento, nenhuma das empresas se posicionou oficialmente sobre o assunto.

Relevante agora

FIIs: é hora de aproveitar a volatilidade para comprar?

O Ifix, índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na B3, recua quase -6 por cento no ano, segundo o InfoMoney.

Em relação à recuperação do setor, o nosso analista de FIIs, Marx Gonçalves, disse que os contratos ainda sofrem bastante do ponto de vista de preço, muito por conta dos impactos provocados pela pandemia do coronavírus, crise entre os três poderes e, recentemente, a crise da Evergrande, a segunda maior incorporadora da China.

Contudo, o analista destaca que na carteira do Nord FIIs os resultados das companhias se mantiveram ou até melhoraram, mas que esse comportamento não é visto de forma generalizada no setor.

Ainda de acordo com o analista, o atual momento representa uma grande janela de oportunidade para comprar bons FIIs. Isso porque, nos preços atuais, a diferença entre o dividend yield [taxa de retorno com dividendos] dos principais FIIs de logística e a remuneração da NTN-B com vencimento em 2035, por exemplo, está acima do que foi observado no primeiro semestre deste ano.

Conheça os FIIs com os melhores resultados do mercado, acesse a carteira do Nord Fundos Imobiliários.

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