“Superquarta”; Ibovespa caro? e Minerva

Decisões do Copom e do Fomc vão movimentar os mercados hoje

Nord Research 22/09/2021 12:10 3 min Atualizado em: 23/09/2021 12:08
“Superquarta”; Ibovespa caro? e Minerva

“Superquarta” com reuniões. Na agenda econômica desta quarta-feira (22), o mercado doméstico estará atento à reunião de política monetária divulgada pelo Copom, que sai às 18h30. Na semana passada, tivemos uma declaração do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que afirmou que o BC não reagirá sempre a dados de alta frequência. Cabe destacar que, depois da fala do presidente do BC, o mercado passou a precificar, para hoje, uma alta de 1 ponto percentual para a Selic, o que levaria a taxa básica de juros para 6,25 por cento.

No exterior, os mercados aguardam a reunião do Comitê de Política Monetária dos Estados Unidos (Fomc), às 15h. Os investidores vão acompanhar se o Fed divulgará novas sinalizações sobre a redução do programa de compra de ativos.

Nord Insider

Resposta do Ibovespa à crise na China


Nos últimos 30 dias, o Índice Ibovespa recuou -7,8 por cento. Na visão do sócio-fundador da Nord Research, Renato Breia, que também é responsável pelas recomendações do Nord Wealth, fatores domésticos têm pesado no preço dos papéis.

Para ele, a crise entre os três poderes, os precatórios e o “Temer Day”, episódio em que o ex-presidente se colocou como “apaziguador”, têm mostrado que o mercado está preocupado com a nossa política.

Ainda no cenário macroeconômico, Breia comenta que o receio de uma crise sistêmica por causa da dívida da Evergrande e a queda nos preços das commodities pesaram no Ibovespa, pois o nosso mercado está muito ligado às exportações, e as ações que constituem o índice também são mais ligadas a commodities, como minério e petróleo.

O Ibovespa está caro?

Em termos de múltiplos, vemos uma bolsa ainda muito deprimida, muito por conta dos preços das commodities, entretanto, ainda assim, Breia destaca que há oportunidades em ativos específicos – os quais temos recomendado aos assinantes dos nossos produtos.

O nosso papel não é olhar para o Índice, mas sim para a quantidade de oportunidades existentes na bolsa. À medida que a bolsa cai, temos mais oportunidades, e aquilo que já era bom fica ainda mais barato para comprarmos.

Nas carteiras da Nord, temos empresas ligadas a commodities, mas também uma série de outras companhias que não estão ligadas a mercados como China e que, em um cenário de inflação, até podem se beneficiar.

Conte com a nossa ajuda para planejar seus investimentos, acesse o Nord Wealth.

Falando sobre os efeitos da pandemia nos mercados…

Consumo da carne no Brasil cai e Minerva não sente efeitos

Perda de poder aquisitivo. A pandemia da Covid-19 provocou mudanças na mesa dos brasileiros. No início desta semana, uma pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha e publicada no jornal Folha de S.Paulo revelou que 67 por cento dos brasileiros diminuíram o consumo da carne vermelha.

Como BEEF? Em relação à queda no consumo da proteína, o analista de ações André Zonaro aponta que Minerva (BEEF3), a maior exportadora de carne bovina da América do Sul, não registrou queda de receita.

Tá passada? Pelo contrário, as perspectivas para o 3T21 são de que as receitas de BEEF3 continuem crescendo, com destaque para aumento do percentual de exportação. Segundo o nosso analista, 70 por cento das receitas da companhia vieram de exportação, enquanto em 2019, o percentual era de 66 por cento.

Outro ponto destacado por André é que BEEF3 tem plantas fora do Brasil, o que lhe permite controlar melhor a origem e destino de suas exportações de carne bovina, tornando-a mais versátil na hora de lidar com crises como a que estamos atravessando.

Por fim, o principal destino da carne está relacionado a mercados como Ásia, com 48 por cento, sendo a China responsável por 36 por cento. Logo, eventuais dificuldades no Brasil tendem a ser menos representativas para Minerva, concluiu o nosso analista.

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