Inflação; PETR4; Na agenda, IBC-Br e produção industrial
Campos Neto disse que o BC vai com os juros até onde for necessário para conter a inflação
Nord Insider
O Índice Ibovespa fechou ontem (14) com uma leve queda de -0,19 por cento, a 116.181 pts, acompanhando a desvalorização das bolsas de Wall Street.
Na agenda de hoje, fechando os principais dados referentes à atividade econômica, temos o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR) de julho, que leva em consideração o desempenho do setor de serviços, da produção industrial e do varejo ampliado no Brasil, e nos EUA, o destaque são os dados da produção industrial de agosto.
Setor de serviços cresce 1,1 por cento em julho no Brasil
Em linha com o esperado, o volume de serviços de julho subiu 1,1 por cento na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Segundo o IBGE, o avanço do setor se deu por conta dos serviços prestados às famílias que vêm se recuperando das perdas sofridas durante as intervenções de restrição de mobilidade social na pandemia de Covid-19 nos últimos meses.
Na prática. Com o avanço da vacinação no país, as pessoas estão voltando a frequentar locais como academias de ginástica e salões de cabeleireiro, por exemplo, bem como hotéis e restaurantes.
BC tenta conter as apostas do mercado em um ciclo maior de juros
Ontem (14), durante o MacroDay 2021, o presidente do Banco Central do Brasil (BCB), Roberto Campos Neto, disse que a taxa básica de juros da economia (Selic) deve manter o ritmo atual de elevação para garantir o controle da inflação no país.
Segue o plano. Diante de projeções cada vez maiores [de inflação], o mercado também tem ajustado para cima as expectativas para a taxa básica de juros, mas o presidente do BC afirma que não vai alterar o plano de política monetária a cada número novo de alta de inflação que for divulgado.
Em outras palavras… A Marilia traduziu essa declaração para gente – que sorte a nossa. O que o presidente do BC quer fazer é dar aquela seguradinha no mercado, para ele não começar a precificar Selic até o infinito.
Inflação dos EUA vem abaixo do esperado em agosto
O que mais aconteceu no macroeconômico? Ontem, a inflação americana, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), subiu 0,3 por cento em agosto frente ao mês anterior, contra a expectativa de alta de 0,4 por cento. Já os núcleos do IPC, que excluem componentes voláteis como alimentos e energia, subiram apenas 0,1 por cento, bem abaixo do consenso de 0,3 por cento.
Na visão da Marília, os índices responsáveis por essa queda foram os de carros e caminhões usados, assim como os de transporte (terrestre e aéreo) e de aluguel de casas. Percebe que esses índices estão ligados à propagação da variante delta da Covid-19 no país? Isso fez, inclusive, com que o mercado revisasse a atividade econômica de curto prazo para baixo.
A Marilia também observa que os outros índices que não estão ligados aos impactos da variante Delta apresentam uma alta generalizada com base no índice difusão (linha azul, no gráfico abaixo) e caminham próximos das máximas históricas de vários anos passados.
Então, segundo a Marilia, não é hora de relaxar na preocupação com a inflação americana.
Minério atinge menor cotação, mas Vale se mostra resiliente
Quinta queda consecutiva. Os futuros do minério de ferro caíram pela quinta sessão, para a menor cotação deste ano, um reflexo das restrições à produção de aço da China.
No porto de Qingdao, o minério com teor de 62 por cento de ferro encerrou o dia em baixa de -1,8 por cento, para 121,67 dólares por tonelada, segundo informações da Fastmarkets MB; no acumulado do ano, a commodity está com uma desvalorização de -10 por cento.
O Fabiano contou que, nas últimas semanas, as ações da Vale (VALE3) acompanharam a queda do minério, entretanto, mesmo assim, a tendência é que a companhia continue entregando bons resultados nesse patamar de preço.
No radar. Segundo ele, o mercado aguarda o anúncio de bons dividendos da mineradora ainda em setembro. Caso tenha novidades, eu trago o Fabiano para comentar aqui.
Relevante agora
Vale a pena aproveitar a queda de Petrobras para trocar por PetroRio?
Ontem, as ações da Petrobras fecharam em queda com a possibilidade de intervenção nos preços dos combustíveis, com um recuo de -1,33 por cento para PETR4 e -0,74 por cento para PETR3.
O Bruce aproveita para reforçar a tese de que este é um bom momento para trocar PETR4 por PRIO3 ou investir na companhia caso esteja de fora. Isso porque a Petrorio não é uma estatal e essa é uma grande vantagem. Significa que a companhia não está sob interferência do governo como a Petrobras.
Quer mais um motivo? A PetroRio tem caixa líquido e está pronta para comprar um novo campo maduro e eficiente, enquanto a Petrobras não cresce. Tá bem, só mais uma vantagem: nas últimas duas semanas, PetroRio acumula uma alta de +12 por cento.
Entenda o enorme potencial dessa empresa acessando gratuitamente o relatório “Troque PETR4 por PRIO3”.
